Nossas Mãos são partes essenciais do
nosso corpo. Com elas somos capazes de fazer coisas incríveis, inclusive pôr em
prática a escrita, esta capacidade somente humana. Porém, quem não possui as
mãos, ou uma delas, por causa de complicações genéticas, patologias ou acidentes
adversos, certamente tem um outro sentido mais aguçado, para compensar a
eventual "deficiência"! "Acontece assim" com outros seres vivos, os irracionais, plantas de "caule" frágil possuem espinhos, que a protegem; plantas de folhas chamativas devem ter pouca beleza nas flores; as rosas, por exemplo, não são perfeitas, pois para além de produzir flores incríveis e perfumadas, possuem espinhos perigosos e cortantes...
Nossas Mãos são membros
multifuncionais, de utilidades diversas e "infinitas", além de
práticas, e que podem se adequar a quase todas as situações ou necessidades.
Elas podem fazer atividades que agradem
a “Gregos e Troianos”, isto é, podem exercer ações que tragam benefícios para a
sociedade e deste jeito possamos nos promover socialmente, assim como podem executar atividades que
distorçam e desrespeitem as convenções sociais e, deste modo, sejamos punidos!
Nossas Mãos “trafegam” nos dois
extremos da realidade, quer dizer, elas trilham pelas dimensões do bem e do
mal, do certo e do errado, do convencional e do instintivo, enfim elas são
capazes de nos tornar mais próximos do meio que nos cerca e de nós tanto exige... A natureza tem desenvolvido mecanismos para se proteger das diversas ameaças, desde aquelas efetuadas por humanos, como as de origem catastrófica!
Essas Mãos podem ceifar a liberdade de
um animal irracional, mais precisamente de um pássaro, capturando-o através de
instrumentos e colocando-o numa verdadeira prisão, mas também, noutra
perspectiva, num gesto de pura justiça e autocorreção, podem libertar este
pássaro e, nós - seres racionais - nos contentarmos, levando as mãos ao nosso peito, ao ouvi-lo cantar no primeiro galho que pousar, expressando sua
alegria em reconquistar o que lhe é de direito!
Mas, as nossas mãos, apesar de ativas e
práticas, são subordinadas a uma outra parte do nosso ser, que não executa,
diretamente, atividades materiais, ou seja, palpáveis, mas necessariamente,
atua como um “Software” de comando: nossa mente, nossa razão,
aquilo que rege o que somos e nos alerta para buscarmos sempre a moderação e a perfeição[i].
[i]Republicado de: “Diário Masculino”
<http://malidiario.blogspot.com.br/2014/01/as-minhas-maos.html>
Nenhum comentário:
Postar um comentário