DESCANSO PARA LOUCURA: julho 2017

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segunda-feira, 31 de julho de 2017

Mídia Kit - até julho de 2017

Esse é o primeiro Mídia Kit que realizamos do nosso Blog.

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terça-feira, 25 de julho de 2017

Poesia: Flâmulas destroçadas

As nações são como flâmulas
Ao céu, eretas e a tremular
Não se pode derrocar qualquer bandeira
Somente algumas delas têm alvos para mirar
O que possibilita serem feridas
Bem no meio do coração, ou em sua beira.

E quando um coração é atingido, ou a sua periferia...
Morrem mortais como se peneira o café
Jogando-se acima, os fracos são tomados pela tempestade
Os fortes mantêm-se agarrados ao chão, quase de pé
Muitas vezes um chão, usurpado...
Pela força desmedida, injusta e de ambiguidade!

Mas, como diz no ditado:
Às vezes se mira no que quer
E por meio de planos ideologicamente propensos
Acerta-se o que não quer...
E assim, bandeiras sem alvos nítidos são também crivadas
E a tempestade é a mesma, aquela mesma
O café não é... Pode ser o feijão, o milho, a fava, o andu, cevadas...

É estranho, pois não se derramam lágrimas
Quando o vento arrasa, do oriente, os grãos
Todos os dias, flâmulas são metralhadas, arrastadas, rasgadas...
Quando não, derrubam-lhe os esteios, tiram-lhe as raízes, com as mãos
Por que só há choro, velas e flores ao ocidente?
Que tem seus grãos de especial?
O que difere um povo de outra gente?

JaloNunes.
Imagem copiada de: Jornal O Globo

segunda-feira, 10 de julho de 2017

Programação da 55ª Festa da Juventude de Santana do Ipanema/AL

Este é o panfleto da programação oficial da 55ª Festa da Juventude 2017 (de 14 a 16 de julho), uma das maiores e melhores festas jovens do Estado de Alagoas, realizada no município de Santana do Ipanema! Este ano com atrações de grande performance, tais como: Zezé di Camargo & Luciano, Jorge de Altinho, Luan Estilizado, Cavaleiros do Forró, Jonas Esticado, Márcia Fellipe dentre outras atrações musicais e culturais.

terça-feira, 4 de julho de 2017

Lógica: Falácias não-formais

INTRODUÇÃO
Copiado de: Aliás - blogger Acesso em jul. 2017.
O que é Falácia?
           
A Falácia é um tipo de raciocínio incorreto, embora tenha a aparência de correção. É conhecida também como Sofisma ou Paralogismo, e alguns estudiosos fazem a distinção entre eles, dando ao Sofisma o sentido pejorativo decorrente da intenção de enganar o interlocutor, enquanto no Paralogismo não haveria essa intenção.
As Falácias podem ser Formais, quando contrariam as regras do raciocínio correto, e Não – Formais, quando os erros decorrentes da “inadvertência ou falta de atenção ao nosso tema, ou então por que somos iludidos por alguma ambiguidade na linguagem usada para formular nosso argumento” (COPI Apud ARANHA; MARTINS, 1993, p. 83). Porém, aqui daremos atenção as falácias não-formais.

FALÁCIAS NÃO – FORMAIS[1]

    Estas são bastante comuns na vida diária.  Muitas falácias decorrem do fato de algumas premissas serem irrelevantes para a aceitação da conclusão, mas são usadas com a função psicológica de convencer, mobilizando as emoções como medo, entusiasmo, hostilidade ou reverência.
    As falácias não - formais podem ocorrer tanto da falta de atenção ao assunto quanto a partir da inconsistência e veracidade do mesmo.
Em suma, o que confere tal raciocínio falacioso é a limitação da linguagem, a ambiguidade da linguagem, a aparência errada de certos significados e a própria linguagem natural que é imperfeita e cheia de possibilidades, que nem sempre são corretas e verídicas.  Muitas vezes certas frases ou conceitos não são suficientemente esclarecidos ou são empregados com sentidos diferentes nas diversas etapas da argumentação, estes diversos estágios fazem com que as falácias sejam usadas de forma constantemente e encoberta, tornando as argumentações das pessoas quase sempre falaciosas e mais, muitas vezes, sem se darem conta.
   Analisemos então, os seguintes tipos de falácias; seus empregos e o que deve ser feito para evitá-las, a partir do momento em que se der conta que se trata de um raciocínio falacioso.

FALÁCIAS DE IRRELEVÂNCIA: Este tipo de falácia tem uma característica comum: são argumentos cujas premissas não são logicamente relevantes para a conclusão que delas se pretende derivar. As falácias deste tipo - muito comum - perecem argumentos persuasivos e, frequentemente, iludem quem não está atento e confunde relevância psicológica e relevância lógica.

São elas:
Falácia Ad Baculum (ou Recurso à Força).
São aquelas onde a falta de argumentos racionais faz com que haja um apelo a ameaça ou até mesmo da força para a aceitação da conclusão.

EXEMPLOS:
  1. - As promoções da minha empresa sou eu quem as decido e quem se manifestar contra será imediatamente despedido. Há alguém que discorda das minhas palavras?
  2. - É claro que é correto afirmar isto. Se não concorda podemos resolver de outra forma.
  3. - Ao longo dos tempos, tem-se dado ampla evidência da verdade da Bíblia. Todos os que rejeitam a aceitar esta verdade irão queimar no inferno.
  4. - Você deve concordar com o que eu digo. Eu sei onde você mora e você sabe que sou lutador profissional.
  5. O cabo eleitoral de um partido político, quando recorda um deputado que ele representa e manobra a seu bel-prazer tantos milhares de votos, no seu distrito;
  6. Herry Hopkins, “no encontro dos três grandes” ele conta que Chuchill sugeriu ao Papa que determinado curso seria a ação correta.
Deve-se identificar a ameaça da proposição e daí deve-se argumentar que tal ameaça não tem nada a ver com o objetivo proposto. Uma vez que, nem sempre isto justifica aquilo.

Falácia Ad Hominem (ou Contra a Pessoa).
Ocorre quando alguém tenta refutar o argumento de uma outra pessoa atacando não o argumento, mas sim a pessoa. Ocorre, portanto, um ataque pessoal, enfim reprova-se ou desacredita-se alguma ou algumas características da pessoa, utilizando-as como meio de refutação das suas, opções.

EXEMPLOS:
1. O raciocínio do Felisberto, a respeito do sistema educativo, não tem fundamento nenhum por que ele é defensor do aborto; pudera, essa perspectiva sobre a Constituição Europeia não é manifestamente aconselhável em virtude de ter vindo de um sportinguista.
2. Você clama que defensores de baleias podem ter moral elevada, mas descobri que você surra sua mulher.
3. Você acha então que devemos fechar o congresso? Stalin estaria de pleno acordo com você.
4.  É perfeitamente aceitável matar animais para comer, e você deve aceitar este fato, uma vez que você beneficia do uso de bolsas feitas com couros deles.
5.  Claro que você irá argumentar que discriminação racial é bobagem. Afinal, você é branco!
Deve-se identificar que o ataque, seja ofensivo ou circunstancial, está se baseando não no argumento, mas essencialmente usando-se de caracteres referentes ao interlocutor e assim não há sustentação deste ataque.

      Falácia Ad Ignorantiam (ou da Ignorância)
     Ocorre quando se argumenta que uma proposição é verdadeira por que não foi provada que é falsa ou falsa por que não foi provada que é verdadeira. Uma vez que a não existência de prova revela que nosso conhecimento é limitado, que o método científico não é bem sucedido na resolução de todo problema.

EXEMPLOS:
  1. Uma série de investigação do FBI não consegue juntar provas que o senhor x é comunista, seria errôneo concluir disso que essa investigação não tirou o FBI da sua ignorância a tal respeito.
  2. Claro que a Bíblia é verdadeira. De que outra forma podemos provar o fato em discussão?
  3. Claro que telepatia e outros fenômenos psíquicos não existem. Há um prêmio de um milhão de dólares sendo oferecido para quem provar a existência de algum fenômeno deste tipo, e até agora ninguém se candidatou a ganha-lo.
  4. Ninguém ouve falar de Marcos já há dez anos, e não há qualquer evidência de que esteja vivo. Portanto, devemos concluir que esteja morto.
  5. O saci não existe. Você pode provar?
É necessário fazer uma análise das proposições em questão e, argumentar que o fato de poder ou não provar certo argumento não implica que seja verdadeiro ou falso.

Falácia Ad Misericórdiam (ou da Misericórdia)
É quando se tenta estabelecer a validade da conclusão apelando para a compaixão. Acontece quando alguém argumenta recorrendo a sentimentos de piedade e de compreensão por parte da audiência de modo a que a conclusão ou afirmação defendida seja provada

EXEMPLOS:
  1. Mas professor, eu preciso tirar uma nota alta. Se eu aparecer em casa com uma nota assim tão baixa, minha mãe poderá sofrer um ataque cardíaco.
  2. O jovem que matou seus pais a machadadas. Diante de provas esmagadoras, solicitou a piedade do tribunal na base de que era órfão.
Mais uma vez identifica-se que se trata de forte apelo à misericórdia, pois se coloca num estado lastimoso e de pena, deve-se, entretanto, mostrar a realidade dos fatos, a fim de desmoronar o forte e inconsistente apelo ao dó.

Falácia Ad Populista (ou Falácia Populista)
Essa falácia se comete ao dirigir um apelo emocional ao povo ou galeria para conquistar o que se quer e uma conclusão que não é sustentada por boas provas. È a tentativa de ganhar a concordância popular para conclusão, através do entusiasmo da multidão.

EXEMPLOS:
  1. Shakespeare na oração fúnebre de Marco Antônio sobre o corpo de Júlio César.
  2. Querem a mudança ou a continuidade em segurança? Eles vão aumentar os impostos, votem em mim!
  3. A propaganda deve ser banida, pois trata-se de violência contra a mulher.
  4. Por milhares de anos as pessoas vêem acreditando em Jesus e na Bíblia. Essa crença tem sido um grande impacto em suas vidas. O que mais evidente você precisa para que Jesus seja filho de Deus? Você está tentando dizer a essas pessoas que elas são tolas?
Argumente que há uma forte intenção de inserir uma determinada tese que, na verdade não justificaria o que está sendo colocado e, assim correlacione tal tese ao objetivo que está sendo proposto, deste modo, invalidando-a.

Falácia ex Populum (ou Falácia Demagógica)
Tenta imprimir determinada tese, usando-se da idéia de que uma grande maioria de pessoas a aceita e deste modo ela é valorativa.

EXEMPLO:
  1. O aborto deveria ser legalizado, pois a grande maioria das pessoas de baixa renda é a favor.
Mostre que a idéia de certas pessoas serem de baixa renda e consequentemente a favor do aborto, não implica que ele seja legalizado, pois se trata de apenas uma parcela da população que “justifica” um problema de todos.

Falácia ad Verecundiam (ou Falácia da Autoridade)
É o recurso à autoridade, isto é, ao sentimento de respeito que as pessoas alimentam pelos indivíduos famosos para granjear a anuência a uma determinada conclusão.

EXEMPLOS:
1. O Figo, um dos melhores jogadores de futebol, bebe Coca-Cola. Logo, para ser bom jogador devo beber coca-cola. O Tiago, jogador do SLB, faz as suas compras no Continente. Logo, é lá que eu vou fazer as minhas.
  1. Devemos acreditar neste governo. Fulano de tal é um grande Gênio e acredita no Presidente do País.
  2. Isaac Newton era um gênio e acreditava em Deus.
  3. Hawking concluiu que os buracos negros desprendem radiação.
Faça com que a ideia proposta seja esmiuçada, isto é, selecione-a de modo a identificar que a autoridade em questão não evidencia o assunto proposto.

FALÁCIAS DE INSUFICIÊNCIA DE DADOS: Ocorre quando se tenta inferir uma conclusão, pretendendo-se que seja verdadeira, porém dispondo de dados insuficientes, isto é, que não representam ou tornam válida tal afirmação.

São elas:
Falácia da Generalização Precipitada.
É quando parte de um estudo insuficiente ou impreciso para se obter uma determinada conclusão. Pode ser considerada falaciosa, pois, não se examina casos típicos, mas sim casos atípicos, exceções, obtendo assim uma conclusão inválida.

EXEMPLOS:
  1. Meu cachorro não come feijão, logo nenhum cachorro come feijão.
  2. O morcego é um mamífero e voa, logo todos os mamíferos voam.
Deve-se procurar identificar a dimensão da amostra e, se inconsistente, inválida, pois um pequeno paradigma de algo não, necessariamente, justifica todos os demais componentes (no conjunto do todo) relacionados a tal paradigma.

Falácia da Falsa Causa.
É quando se toma como certo algo que não é sua causa real, ou deduzir alguma coisa que é causa de outra, apenas baseando-se na observação anterior.

EXEMPLOS:
  1. O ressurgimento do sol, após um eclipse, só por que os selvagens fizeram ressoar os tambores.
  2. Tomei remédio e fiquei com meu pé de coelho a noite toda. Só melhorei por causa do pé de coelho.
  3. Logo depois que choveu meu carro explodiu. Ele deve ter explodido por causa da maldita chuva.
     É simples e bastante fácil de identificar o erro, só basta relacionar, geralmente as duas premissas, e ver que uma não justifica a outra. Deste modo não há co-relação entre causa e efeito.

     Falácia da Falsa Analogia
    Consiste em tirar conclusões sobre um objeto a partir de outro totalmente inverso e diferente. E por mais que haja alguma semelhança, as divergências seriam muito maiores.

EXEMPLOS:
  1. Os empregados são como pregos. Temos de martelar a cabeça dos pregos para estes desempenharem suas funções. O mesmo deve acontecer com os empregados.
Identifique as duas situações, quer dizer, os dois eventos que acontecem, porém, sendo implicantes, mas que não se justificam. Logo, uma situação não pode gerar a outra sem que seja falaciosa.
  
Falácia de Petição de Princípio.
Ocorre quando, ao tentar estabelecer a verdade de uma proposição, uma pessoa acaba pondo-se à procura de premissas que validarão a conclusão desejada, sendo que a pergunta já um princípio forte da resposta.

EXEMPLOS:
  1. Permitir a todos os homens uma liberdade ilimitada de expressão deve ser sempre, de um modo geral, vantajoso para o Estado; pois é extremamente propicio aos interesses da comunidade, que cada indivíduo desfrute de liberdade, perfeitamente ilimitada, para expressar os seus sentimentos.
  2. Alienígenas estão abduzindo vítimas inocentes toda semana. O governo deve saber o que está acontecendo. Portanto o governo está ligado com os alienígenas.
  3. Homossexuais não devem ter permissão para ocupar cargos governamentais. Daí qualquer oficial governamental que é revelado como homossexual deverá perder seu trabalho. Portanto homossexuais irão fazer qualquer coisa para esconder seu segredo, e irão estar abetos à chantagem. Portanto homossexuais não podem ter permissões para ocupar cargos governamentais.
  4. Por que a maconha intoxica? Porque é uma substância tóxica.
  5. Por que o contrato obriga? Porque é obrigatório.
Neste caso premissas e conclusões não se co-relacionam a ponto de tirar tais decisões conclusivas, é necessário perceber que a intenção é falaciosa, pois é maldosa.

Falácia da Pergunta Complexa.
São feitas perguntas de difícil compreensão, onde já se pressupõe uma resposta definida a uma pergunta pensada, assim acaba implicando na aceitação de uma questão já formulada explicitamente.

EXEMPLOS:
  1. Você abandonou seus maus hábitos; você deixou de bater na sua esposa?
  2. Suas vendas aumentaram em conseqüência das suas publicidades equívocas? – Não, senhor. – Então admite que sua publicidade era equivoca e induzia o publico ao erro? Você sabe que sua conduta transgride as normas da ética comercial e podem causar-lhe sérios dissabores?
  3. Você se arrepende deste crime bárbaro que cometeu?
Note que a(s) premissa(s) estão co-relacionadas de forma a não deixar espaço para uma resposta a favor do interrogado, então, mostre que acreditar numa não implica acreditar na outra, ou então, só responda se a pergunta for reformulada dando oportunidade ao perguntado.

FALÁCIAS DE AMBIGUIDADE: consiste em atribuir no argumento termos que despertam duplo sentido, levando consequentemente a conclusões erradas.

São elas:
Falácia da Equivocidade.
A maioria das palavras tem mais de um significado, deixando brechas para diversas interpretações.

EXEMPLOS:
  1. O fim de uma coisa é a sua perfeição, então a morte é a perfeição da vida.
  2. Os assassinos de crianças são desumanos, portanto os humanos não matam crianças.
  3. Cigarra é um trissílabo; a cigarra canta, logo, o trissílabo canta.
  4. O rato é um dissílabo; o rato rói, logo, o dissílabo rói.
  5. O paulista é trabalhador; o carioca é divertido, logo, o paulista é divertido.
  6. O dia é luz; a luz é matéria, logo, o dia é matéria.
Deve-se identificar quais palavras estão sendo usadas mais de uma vez, para assim, poder constatar qual o verdadeiro significado interpretativo daquele argumento.

Falácia da Divisão.
Apresenta-se nela uma confusão, e a inferência desenvolve-se na direção inversa, oposta. Ela é o inverso da falácia de composição.

EXEMPLOS:
  1. Os cães são carnívoros; Os spaniels são cães, logo os spaniels são carnívoros.
  2. Os cães são comuns; os spaniels são cães, logo os spaniels são comuns.
  3. Formigas podem destruir uma árvore. Portanto, esta formiga pode destruir uma árvore.
Mostre que as partes em questão não são suficientes para levar a conclusão do todo e assim desmorone tal idéia, haja vista, a pouca relevância do enunciado para concluir um conjunto completo.

Falácia da Falsa Dicotomia.
Apresenta, geralmente, apenas duas possibilidades existentes, e deixando de lado as possíveis possibilidades que cada questão sempre apresenta.

EXEMPLOS:
  1. Ou você foi ao dentista ou então gastou todo o dinheiro que te dei.
  2. Ou você vai para a escola ou fica de castigo.
Note que as alternativas são extremamente limitadas e assim certifique-se que poderia haver bem mais escolhas e opções e constate que é uma afirmativa falaciosa.

     Falácia do Espantalho.
    Ocorre quando se tem a pretensão de relatar uma situação de maneira a deturpar a verdade. Isto é, tenta passar uma informação de forma fictícia   , em que a realidade é distorcida de modo que o significado passa a ser outro. Então, na falácia do espantalho, aquele que a utiliza procura distorcer o argumento a fim de o refutar com mais facilidade.

EXEMPLOS:
  1. As pessoas que querem legalizar o aborto, querem prevenção irresponsável da gravidez. Mas nós queremos uma sexualidade responsável. Logo, o aborto não deve ser legalizado.
  2. Devemos manter o recrutamento obrigatório. As pessoas não querem fazer o serviço militar porque não lhes convém. Mas, devem reconhecer que há coisas mais importantes do que a conveniência.
Faça com que o argumento oposto seja evidenciado, isto é, compreensível, a ponto de esclarecer motivos mais fortes para a não aceitação do que se diz e assim elabore um raciocínio mais correto e convincente.

Falácia da Derrapagem.
É um argumento que, na relação entre as premissas ocorre certa diferença, porém, na conclusão leva a sérios problemas, ou seja, a fortes derrapagens.

EXEMPLOS:
  1. Se aprovarmos leis contra as armas automáticas, não demorará muito até aprovarmos leis contra as armas, e então começaremos a restringir todos os nossos direitos.  Acabaremos por viver num estado totalitário. Portanto não devemos banir as armas automáticas.
Identificar a proposição que está sendo refutada e deste modo identificar a conclusão, isto é, o propósito final e assim reconheça que o evento final não deve, necessariamente, ocorrer como conseqüência das proposições anteriores.

Falácia da Anfibologia.
Ocorre quando se argumenta a partir de premissas cuja formulações são ambíguas em virtude de sua construção gramatical. Um enunciado é anfibológico quando seu significado não é claro, pelo modo confuso ou imperfeito como as suas palavras são combinadas.

EXEMPLOS:
1. Irás voltarás não morrerás ali.
  1. Fazendeiro mata a esposa com os filhos.
  2. Meu pai foi à casa de José em seu carro.
  3. Os paulistas são adultos e crianças; os professores são paulistas, logo, os professores são adultos e crianças.
  4. Copo é vaso; vaso é tonel, logo, copo é tonel.
  5. Certo gato amarelo é doméstico; certa onça amarela é selvagem, logo, certo gato amarelo é selvagem.
  6. O caçador não é gato; o gato não é predador, logo, o caçador é predador.
  7. A é B; C não é B, logo, C é A.
  8. O óleo é um líquido; a graxa não é líquida, logo, a graxa é líquida.
  9. O paulista é trabalhador; o carioca não é paulista, logo, o carioca não é trabalhador.
  10. O paulista é cristão; algum cristão é bondoso, logo, o paulista é bondoso.
  11. O carro roda; a roda não gira, logo, o carro não roda.
Mostre que a frase tem um caráter anfibológico, pois permite mais de uma interpretação, então, exija uma tomada de decisão, isto é, o que se pretende, afinal, no sentido de chegar à verdadeira interpretação  e ao sentido correto.

Falácia do Acidente.
Consiste em aplicar uma regra a um caso particular, cujas circunstâncias “acidentais” tornam a regra inaceitável.

EXEMPLO:
  1. O que você comprou ontem, comeras hoje; você ontem comprou carne crua, portanto, comerás carne crua.
Deve-se identificar que o antecedente não justifica com verdade o conseqüente, de maneira que durante o período de um para o outro podem acontecer várias situações.

Falácia do Circulo Vicioso ou Dialelo.
Corresponde, praticamente, a uma dupla petição de princípio: quando suas proposições são demonstradas, provando-se uma pela outra.

EXEMPLOS:
  1. O miserável passa fome e como passa fome é miserável.
  2.  A existência de Deus é racional, por que a razão é produto de Deus, que, como perfeito, não criaria um instrumento de erro, logo, é verdade que Deus existe.
Perceba que a frase é duplamente afirmada sem necessidade, e, como parte de uma verdade maior é obvio que levará a uma conclusão verdadeira, deste modo busque uma conclusão a partir de dados prováveis indutivamente.

Falácia da Ignorância da Questão (Ignoratio elendri)
Ocorre quando se quer demonstrar uma coisa e prova-se outra, deixando-se posicionar os argumentos apenas pelos sentidos. Quer dizer, prova-se uma coisa diferente da que se questiona.

EXEMPLO:
  1. Longe dos olhos, distante do coração.
Repare que a relação das frases é meramente errada, uma vez que, quer se provar uma coisa enquanto usa-se um argumento contrário, então, peça uma postura que direcione o argumento à conclusão desejada.
Imagem copiado de: Anexa Consultoría


[1] ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando: Introdução à Filosofia. 2. ed. rev. atual. – São Paulo: Moderna, 1993.

TORRES, Pedro. A Lógica Objetiva: O Poder do Convencimento. São Paulo: FONTANA, 1982.




www.google.com.br/dkrause/ExFal.

(Apostila do Professor, utilizada nas aulas).

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