Realizamos a produção abaixo em atenção à disciplina "Material Impresso na Educação", do curso Mídias na Educação, da UFAL Campus Arapiraca.
SUMÁRIO
CARTA DE
APRESENTAÇÃO
Carta do professor ao aluno
PLANO DE DISCIPLINA
Ementa
Objetivo Geral
Objetivos Específicos
APRESENTAÇÃO DA UNIDADE 1
Orientações antes do inicio das aulas
Durante a disciplina
CONTEÚDO OS FILÓSOFOS PRÉ-SOCRÁTICOS: DE TALES DE MILETO A ARISTÓTELES
- BREVE APRESENTAÇÃO
MITO
FILOSOFIA
ATIVIDADE 1 DA UNIDADE 1
APRESENTAÇÃO DA UNIDADE 2
OS FILÓSOFOS PRÉ-SOCRÁTICOS
ATIVIDADE 2 DA UNIDADE 2
APRESENTAÇÃO DA UNIDADE 3
OS SOFISTAS
SÓCRATES
PLATÃO
ARISTÓTELES
ATIVIDADE 3 DA UNIDADE 3
REFERÊNCIAS
INDICAÇÕES CINEMATOGRÁFICAS
CARTA
DE APRESENTAÇÃO
Caro(a) aluno(a),
solicitamos a sua atenção no que se refere a este módulo, referente a
disciplina de Filosofia, primeiros anos do Ensino Médio. A leitura no livro
didático, os textos de apoio, as pinturas e os vídeos (filmes e documentários) se
constituem numa ampla possibilidade de leitura, perpassando a escrita até as
imagens, sons e movimentos, por isso, deixe-se envolver por esse universo de informações,
de forma rica e atrativa.
O referido módulo
abordará sobre um tema de suma importância, qual seja, as origens do nosso
conhecimento e as primeiras manifestações e estratégias, usadas pela humanidade
para explicar determinados fenômenos, bem como a possibilidade de nomeá-los. Os
primeiros filósofos gregos, desde Tales de Mileto até Aristóteles buscaram
descobrir a(s) fonte(s) que levaram a criação do mundo, portanto, “os primeiros
filósofos [gregos] buscavam investigar as causas, o princípio e o fundamento
para a existência do mundo” (RIBEIRO, s. d., [s. p.]).
Porém, filósofos como
Sócrates, os Sofistas, Platão e Aristóteles desenvolveram conhecimentos e
contribuições bastante amplas e importantes para o desenvolvimento da
humanidade.
PLANO
DE DISCIPLINA
Curso:
Ensino Médio – 1º Ano
Filósofos Pré-Socráticos
Título
da Disciplina: Filosofia
Carga
horária presencial: [6h];
Carga
Horária online [6h]
Tal
disciplina contempla um conjunto de conteúdos que levará o aluno a compreender
sobre as origens do conhecimento: do pensamento mítico a filosofia, dedicando
especial atenção aos filósofos pré-socráticos, Sócrates, os Sofistas, Platão e
Aristóteles, que se dedicaram na busca dos possíveis elementos responsáveis
pela origem de tudo (o princípio de todas as coisas) fosse a natureza, fosse a
humanidade. O livro didático de Filosofia, do 1º ano/médio e as diversas mídias
(auxiliadas pelo computador em contato com a internet), poderão levar o aluno a
entender melhor sobre o conhecimento filosófico e a contribuição dos principais
filósofos gregos para a História da Filosofia.
- Compreender
sobre os principais filósofos gregos, dos Pré-Socráticos a Aristóteles e a
origem do conhecimento filosófico.
- Entender
como os pré-socráticos percebiam sobre o “fenômeno” que deu origem a todas
as coisas;
- Observar
como os elementos naturais foram essenciais para as primeiras indagações
filosóficas.
- Verificar
como Sócrates, os Sofistas, Platão e Aristóteles buscaram compreender e
desenvolver questões mais amplas, para além da preocupação com a natureza.
Caríssimo
aluno/caríssima aluna, você já dedicou algum tempo da sua para uma reflexão
profunda sobre as primeiras formas de conhecimento humano? Se já fez essa
reflexão, certamente um conjunto de dúvidas e suposições tomou conta de sua
consciência. Cientistas, historiadores, antropólogos, filósofos, sociólogos e
outros profissionais, trabalham incansavelmente na busca por artefatos,
vestígios, reconstituições, entre outras técnicas, no intuito de desvendar (com
a maior semelhança possível) onde, quando e como viveram os nossos antepassados
e como desenvolveram a consciência da razão, a consciência crítica. Este módulo é fascinante porque o material
utilizado por ele é fruto estudos históricos, produzidos há milhares de anos e
que atravessaram a história, para se juntar ao que produzimos com certa
autenticidade, na contemporaneidade.
Para o aproveitamento
nesta disciplina o(a) aluno(a) deve participar das aulas expositivas de forma
ativa: perguntando, acrescentando; deve acompanhar a exibição de vídeos, filmes
e /ou documentários e posteriormente realizar relatório; deve realizar com
atenção as atividades e os trabalhos propostos.
Durante esta disciplina
trabalharemos com textos (livro didático e outros), mapas, vídeos, imagens/pinturas
e atividades.
Você já parou para
pensar sobre a quantidade de conhecimentos que a humanidade dispõe na
atualidade? Já se perguntou sobre o início de tudo isso? Quais são os registros
que a ciência tem em relação às primeiras formas de conhecimento?
Antes de tudo,
precisamos lembrar que a ciência é
apenas uma forma de pensar e conhecer as coisas; há outras correntes de
pensamento que refletem sobre as coisas e assim constroem conhecimentos.
Durante as aulas
sequenciais iremos abordar sobre um tipo específico de conhecimento, anterior a
ciência, anterior ao Cristianismo, enfim, um dos componentes e berços de tudo
que conhecemos na atualidade, já que o conjunto de conhecimentos à disposição
da humanidade não partiu do nada.
Uma das primeiras
formas de conhecimento, considerada pela humanidade é a chamada consciência
mítica, praticada pelos povos da Antiguidade. O Mito, ou Cosmogonia
(origem dos Deuses) é algo que vai além das lendas, é a verdade dos povos
antigos, os quais buscavam conhecer, principalmente os fenômenos da natureza.
Qualificando melhor, os Mitos, visavam à explicação de fenômenos como a origem
da agricultura, a fertilidade das mulheres, as danças e os desenhos; conhecer,
descrever e atribuir nomes a essas práticas significava mais que sanar a
curiosidade, significava preservar e garantir a sobrevivência das tribos.
Estamos falando de Filosofia, uma forma de conhecimento
que busca desvendar os conhecimentos mais profundos da natureza e da
humanidade. A filosofia consiste no uso
da razão em busca da compreensão das coisas, o “pensar” do filósofo é excepcional
porque ele vai além da mera observação e reflexão sobre as coisas, ele “pensa
sobre o próprio pensar e sobre as ações desse pensar”.
A Filosofia é essencial
na vida de qualquer ser humano, à medida que lhe permitirá refletir, indagar e
se posicionar de maneira diferenciada, frente a uma realidade de pouca
autenticidade e de repetição constante de costumes paradigmáticos e modos de ser artificiais, impostos pela sociedade
do consumo e da mercantilização do
homem. Logo, a Filosofia permitirá ao sujeito ultrapassar as barreiras do
imediato, da superficialidade e alcançar a verdade das coisas, velada pela
realidade incessante.
Muitos dos primeiros
humanos que procuraram conhecer e nomear as coisas e em diversas partes do
mundo partiram da imaginação, da reflexão, da crítica, do indagar e assim foram
desvendando a possibilidades e encontrando as respostas. Convém-se atribuir que
o lugar de origem da Filosofia é a Grécia Antiga e suas diversas ilhas. Os
registros históricos dão conta de uma infinidade de pessoas/pensadores de
períodos anteriores a Cristo, que viveram na Grécia Antiga.
As primeiras aventuras
intelectuais surgidas na Grécia Antiga se resumiram as colônias da Jônia e da
Magma Grécia e datam dos séculos VII e VI a. C. Posteriormente, os primeiros filósofos
foram denominados de Pré-Socráticos, porque na História da Filosofia tem-se o
filósofo Sócrates como um divisor da águas, não necessariamente porque Sócrates
teria nascido depois dos pré-socráticos (mesmo porque alguns são
contemporâneos, outros são até mesmo posteriores a Sócrates), isso se deve a
abordagem filosófica inaugurada por Sócrates (ao trabalhar com a questão humana
– abordagem humanista) em vez da Cosmologia
(abordagem naturalista).
Logo, os primeiros
filósofos gregos se ocuparam em estudar sobre o “princípio de todas as coisas”,
era o início da Filosofia, que perdura até os dias atuais. Isto significa que
os primeiros filósofos buscavam entender sobre o elemento constitutivo de todas
as coisas (o seu arkhé [em grego]),
ou seja, um componente que teria dado origem a tudo: fosse a natureza, fosse a
humanidade.
A partir da próxima
Unidade vamos elencar os nomes e a época aproximada em que viveu cada um dos dez
pré-socráticos, bem como o elemento constitutivo de todas as coisas, na visão
de cada um deles.
1.
Reunidos
em grupos de até três alunos, discutam e respondam sobre as seguintes questões:
a) Em
sua opinião, o que levou os povos da Grécia Antiga a formularem sobre a
consciência mitológica?
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b) A
partir das discussões do grupo refletiam e comentem. Quais questões levaram o
pensamento mítico a ser superado, no decorrer da História?
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2.
Em
relação ao tópico que aborda sobre a Filosofia, há uma passagem que destaca:
“a Filosofia consiste no uso da razão em busca da compreensão das coisas, o ‘pensar’
do filósofo é excepcional porque ele vai além da mera observação e reflexão
sobre as coisas, ele ‘pensa sobre o
próprio pensar e sobre as ações deste pensar’”.
Expliquem, a partir da
discussão do grupo, a última frase em destaque (negrito), ou seja, o filósofo “pensa
sobre o próprio pensar e sobre as ações desse pensar”.
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3.
Em
sua opinião por que foi a NATUREZA o primeiro objeto de estudo dos povos da
Grécia Antiga?
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Nesta Unidade faremos
uma abordagem sobre os principais Pré-Socráticos. A breve apresentação feita
pelo professor será complementada pelos trabalhos dos alunos, os quais (em
grupos) se aprofundarão um pouco mais sobre a existência e a contribuição que
deixou para a História da Filosofia, cada um dos Pré-Sócráticos a partir do
livro de didático e de pesquisas na internet.
W Tales de Mileto
(640-548 a. C.): filósofo, astrônomo e matemático, o primeiro filósofo do arkhé, para ele seria a água o elemento fundante de todas as
coisas.
W Pitágoras
(séc. VI a. C): filósofo e matemático. Seria o número a essência de tudo, a ordenação do mundo.
W Anaximandro
(610-547 a. C.): para ele o fundamento de tudo seria uma matéria indeterminada (em grego, ápeiron), que daria origem a todos os
seres materiais.
W Anaxímenes
(588-524 a. C.): o elemento que se transformaria em todas as coisas seria o ar, através da rarefação e condensação.
W Parmênides de Eleia
(544-450 a. C) e Heráclito de Éfeso
(sécs. VI-V a. C.): esses filósofos desenvolveram juntos, teorias conflituosas.
Para Parmênides o ser real é imóvel e
imutável, sendo o movimento uma ilusão; para Heráclito tudo flui e tudo que é fixo é uma ilusão.
W Anaxágoras
(499-428 a. C.): para ele a constituição do universo surgiu a partir de um princípio inteligente (inteligência
cósmica).
W Empédocles
(43-430 a. C.): para este filósofo, todos os elementos da natureza (água, ar, terra e fogo) constituíram todas as coisas.
W Leucipo
(séc. V a. C.) e Demócrito (460-370
a. C.): consideraram como elemento fundante o átomo (partículas indivisíveis).
Até o século XVIII a
teoria de Empédocles (dos quatro elementos) foi uma das mais aceitas, fazendo
parte, inclusive, da tradição de muitos povos antigos. Observem que, por mais que
os filósofos tenham tentado se afastar da repetição, eles circulam num mesma
compreensão, apenas modificando, em suas conclusões, o(s) elemento(s) em
destaque.
1.
Entre
o nascimento de Teles de Mileto e a morte de Demócrito se passaram mais de 250
anos (em todo esse período esses pensadores não conseguiram se desligar da
mesma forma – naturalista – de pensamento). A História, quando se refere à
passagem dos anos (naquela época) o faz em ordem decrescente, até chegarmos à época
em que viveu Cristo, que é um “divisor de águas”, na História da Humanidade.
Baseado no que vocês têm estudado, nas diversas disciplinas (inclusive na de
Filosofia), bem como em relação aos conhecimentos que estão à nossa disposição
(pela TV, internet etc.) vocês consideram que hoje uma mesma maneira de pensar
(eliminando as exceções) consegue perdurar por tanto tempo (mais de 250 anos)?
Ou não? Por quê?
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2.
Em
grupos de até 3 ou 4 alunos, pesquisem e apresentem sobre a vida e a filosofia
dos Pré-Socráticos. Observação: cada grupo se empenhará em apresentar sobre
apenas um dos filósofos mencionados.
Como
já foi mencionado anteriormente, a partir de Sócrates se inaugura uma nova era
na História da Filosofia. Os filósofos a partir da era socrática, incluindo
Sócrates, começaram a se preocupar preferencialmente com as questões ligadas ao
homem e a sociedade, abandonando as preocupações em descobrir o fundamento de
tudo, através dos elementos da natureza. É verdade que ainda havia pensadores
discutindo as questões da Cosmologia, mas se destacava as questões também ligadas
a moral e a política.
Na
Grécia Antiga, no período dos primeiros filósofos (clássico ou pré-socrático) o
centro cultural se deslocou das Colônias antes citadas para a cidade de Atenas.
Destacaram-se nesta época, também os pensadores chamados de Sofistas, sendo os
principais:
W Protágoras,
de Abdera (485-411 a. C.);
W Górgias,
de Leôncio (Sicília) (485-380 a. C.);
W Híppias,
de Élis (460-400);
W Trasímaco
(459-400 a. C.);
W Pródigo
de Ceos (465 ou 460);
W Hipódamos
de Mileto (498-408).
Filósofos como
Sócrates, Platão e Aristóteles criticaram a prática dos Sofistas (os Sábios Pedagogos),
talvez por suas características de serem itinerantes, sem fixação em lugar
algum ou porque cobravam por suas aulas, logo, serviam apenas a classe média da
época. O fato é que os Sofistas detinham um vasto conhecimento sobre diversas
áreas do saber, desenvolvido naquele período.
Acredita-se que eles
tenham contribuído efetivamente para a sistematização do ensino, o
desenvolvimento de determinados currículos, além de temas importantes
relacionados à retórica e a dialética, a gramática, a aritmética, a geometria, a
música e a astronomia.
Outra característica
desenvolvida pelos Sofistas e que desagradava, principalmente a Sócrates, era o
ensinamento sobre a persuasão que, segundo os Sofistas servia de instrumento
para o cidadão estar na cidade democrática.
Sócrates
(470-399 a. C.) desenvolveu um importante legado para a História da Filosofia,
mesmo sem ter escrito uma só linha. O que chegou até a contemporaneidade e que
é atribuído a Sócrates, foi escrito por seus seguidores, tais como Xenofonte e
Platão.
Sócrates costumava
conversar, em Praça Pública, com todos (fosse jovens ou velhos), indagando-os
de forma sucessiva para que reconhecessem ser ignorantes em relação aos
conhecimentos que julgavam dominar. A famosa frase “só sei que nada sei” lhe
acompanhava em suas conversas e seu objetivo era justamente levar as pessoas a
se darem conta de que “nada sabiam”, afinal.
Se pararmos para
refletir, observaremos que Sócrates era, na verdade e à nossa linguagem
popular, um velhinho chato; porque imagine alguém que desmonta com
argumentações coerentes tudo que você consegue construir, fazendo o maior
esforço na sua mente, uma vez que você gostaria mesmo era de estar, apenas,
sentado no banco da Praça, tomando alguma coisa ou comendo uma pipoca (será que
já existia pipoca? Quando foi inventada a pipoca?)!
Sua prática de
interrogação e argumentação junto aos jovens e adultos levou-o ao Tribunal,
sendo ele condenado a morte, acusado de corromper a juventude da época.
Qual é, porém, o “perigo” de seu
método? Ele começa pela frase “destrutiva”, a ironia, termo que em grego significa “perguntar”, fingindo
“ignorar”. Diante do oponente, que se fiz conhecedor de determinado assunto,
Sócrates afirma inicialmente nada saber. Com hábeis perguntas, desmonta as
certezas até que o outro reconheça a própria ignorância (ou desista da
discussão) (ARANHA; MARTINS, 2009, p. 152, grifos das autoras).
Em suas questões,
Sócrates destacava os conceitos de moral, política, justiça etc. e perguntava
sobre coragem, covardia, piedade, amizade, democracia entre outras. Quando
falava de coragem, por exemplo, Sócrates não gostaria de saber sobre exemplos ou
apenas um conceito universal de coragem, mas sim desvendar e clarear sobre o
que seria coragem, num determinado momento, praticada por um indivíduo. Em
síntese, podemos destacar que Sócrates contribuiu bastante para formar um
conceito de filósofo, aceito globalmente, no que diz respeito às questões de se
indagar até o que é impossível pensar.
Enfim, a Filosofia de
Sócrates abandonou a preocupação com as causas da natureza e se empenhou na
preocupação com o homem.
A importância do pensamento do
filósofo Sócrates, é muito relevante mesmo para o mundo contemporâneo, pois o
seu pensamento é muito atual, apesar dos muitos anos que já se passaram desde a
sua morte. Pensamentos como estes: ''Conhece-te a ti mesmo'' e '' Sei que nada
sei'', atribuídos a ele, são de uma importância tamanha, que na verdade
expressam, em primeiro lugar, buscarmos compreender os outros e as demais
coisas, devemos começar por buscar conhecer a nós mesmos, visto que todo
conhecimento ainda que buscado em outros meios, terá início em nós mesmos [...]
(RIBEIRO, s. s., [s. p.], grifos do autor).
Inaugura-se
também um olhar mais dedicado à autonomia do indivíduo, desligando-o das
condicionalidades severas da religiosidade, de modo a entendê-lo como um membro
independente, em meio à cidade, a sociedade.
Platão desenvolveu sua
filosofia baseando-se no que ele chamava de Mundo
das Ideias. Uma das obras mais famosas de Platão é “A República”, na qual
ele descreve um espaço de democracia e cidadania perfeito; desenvolve também um
dos mais conhecidos mitos da história, o “Mito da Caverna”: tratava-se de uma
caverna, dentro da qual as pessoas estavam acorrentadas e não conheciam a realidade,
tudo era projetado em forma de sombra, através da fogueira para interior da
caverna. Quando uma pessoa conseguia fugir, ficava cego ao ver a luz do sol, ou
quando voltava e contava aos acorrentados sobre o que havia visto – em perfeita
realidade -, eles não acreditavam naquele que fugiu.
Os filósofos deveriam
fazer essa trajetória de sair do mundo das sombras e conquistar o mundo
verdadeiro, repleto de luz. Haveria ainda, o mundo sensível (dos fenômenos/matéria) e o mundo inteligível (das ideias). Através da reminiscência (da
lembrança) nós teríamos em nossa mente a ideia de todas as coisas, isto é, a
ideia de abelha, a ideia de cavalo, a ideia de mesa, a ideia de árvore e assim
sucessivamente.
Haveria, segundo
Platão,
Acima do mundo sensível, as
ideias gerais, as essências imutáveis, que atingimos pela contemplação e pela
depuração dos enganos dos sentidos. Como as ideias são a única verdade, o mundo
dos fenômenos só existe na medida em que participa do mundo das ideias, do qual
é apenas sombra ou cópia (ARANHA; MARTINS, 2009, p. 155).
Significa dizer que
Platão acreditava que as pessoas, ao nascerem, já traziam consigo as ideias
sobre os fenômenos (como se fossem ideias inatas)
e o trabalho de sair da caverna e a alcançar a verdade, através da fuga desta
caverna, levava a clarificação sobre estas ideias e o encontro do mundo real
com o mundo ideal.
Aristóteles foi aquele
filósofo que elaborou os instrumentos necessários para que a Filosofia
superasse definitivamente o pensamento mitológico (em outras palavras, ele
jogou a última pá de terra sobre o corpo lânguido do Mito), isso significa que
Aristóteles elaborou os primeiros princípios da lógica e o entendimento do ser
na totalidade (o ser em geral), ou
simplesmente a Metafísica (ou Filosofia
Primeira, em sua própria denominação).
Em relação o ser, para
Aristóteles, a corpo seria a matéria e a alma (a forma), ou seja, o Ato, que
era a perfeição do corpo. Os sentidos seriam a nossa primeira forma de
conhecimento, havendo uma contraposição à teoria da reminiscência, proposta por Platão.
Aristóteles, com o seu espírito
positivo e observador, retoma o mesmo problema no pé em que o pusera Platão e
dá-lhe, pela teoria da abstração e da inteligência ativa, uma solução satisfatória
e definitiva nos grandes lineamentos. Em torno desta questão fundamental, que
entende com a metafísica, a psicologia e a lógica, se vão desenvolvendo
harmoniosamente as outras partes da filosofia até constituírem em Aristóteles
esta grandiosa síntese do saber universal, o mais precioso legado da
civilização grega que declinava à civilização ocidental que surgia (MUNDO DOS
FILÓSOFOS, s. d., [s. p.]).
Para Aristóteles a ciência é o
conhecimento verdadeiro e se dá através da adequação
do conceito a vida real. Sua teoria se dá a partir da definição do conceito
de substância, que pode ser essência ou acidente. E ainda: matéria e forma,
potência e ato.
1.
Os Sofistas
foram criticados principalmente por Sócrates. Entre outros argumentos Sócrates
renegava o fato de os Sofistas cobrarem dinheiro para ensinar. Em sua opinião,
por que se constituía um defeito cobrar pelo conhecimento que detinham os
Sofistas, na Grécia Antiga?
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2.
Há alguma relação
dos antigos Sofistas com a profissão do Professor, na atualidade? Por quê?
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3.
Qual é a lição
que Sócrates deixa no que se refere ao reconhecimento de que “nada sabe”?
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4.
O filme
“Sócrates” é uma superprodução européia sobre a vida do filósofo Sócrates (470
- 399 a. C.). Se dedicando especialmente ao julgamento, condenação e morte de
Sócrates, o filme reforça a influência de um dos maiores filósofos da
humanidade sobre o busca pelo conhecimento.
A
partir do filme, realizem em grupos de até 4 alunos, uma resenha sobre o mesmo.
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5.
O que podemos
tirar de exemplo, para a nossa vida, em relação ao Mito da Caverna, proposto
por Platão?
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6.
Até que ponto a
teoria de Platão faz sentido, quando afirma que o mundo sensível é apenas cópia
ou sombra do mundo inteligível (das ideias)?
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7.
Em que sentido a
teoria platônica das Ideias é criticada pela metafísica de Aristóteles?
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8.
Que argumentos
Aristóteles usou para criticar a teoria da Reminiscência
proposta por Platão?
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- Em
livros, ou na internet, pesquise e apresente sobre os conceitos de:
a)
Metafísica;
b)
Forma;
c)
Substância;
d)
Ato;
e)
Potência.
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10. Por
fim, organizados em 6 (seis) grupos específicos, apresentem sobre a VIDA, a OBRA,
bem como algumas IMAGENS sobre os seguintes temas:
a) Mito
e Filosofia;
b) Pré-Socráticos;
c) Sofistas;
d) Sócrates;
e) Platão;
f) Aristóteles.
ARANHA,
Maria Lúcia de Arruda. Filosofando:
introdução à Filosofia. 4ª. ed. São Paulo: Moderna, 2009.
W Sócrates
(Itália, França, Espanha, 1971). Dir. Roberto Rossellini.
W Os
Trezentos de Esparta (EUA, 1962). Dir. Rudolph Maté.
W A
Marvada Carne (Brasil, 1984). Dir. André Klotzel.
W O
Nome da Rosa (Alemanha/França, 1986). Dir. Jean Jacques Annaud.
Jalon Nunes de Farias.
Nas
fotos temos as supostas esculturas de: ; Hipódamos, de Mileto, Híppias, de Élis e Protágoras,
de Abdera. Fotos respectivamente
disponíveis em:
As
imagens foram retiradas respectivamente, de: