DESCANSO PARA LOUCURA: outubro 2021

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sexta-feira, 22 de outubro de 2021

Programação: Festa de Frei Damião - Canafístula/AL

Olá pessoal!

Este é o panfleto alusivo a Festa de Frei Damião, que ocorre todos os anos no distrito de Canafístula, em Palmeira dos Índios/AL. A mesma ocorrerá no próximo dia 07 de novembro, com missas campais às 9h e às 15h.

Também será transmitida ao vivo pela internet, pelo instagram, em @insr.instagram

quarta-feira, 13 de outubro de 2021

MEMORIAL MONSENHOR ODILON AMADOR É INAUGURADO EM PALMEIRA DOS ÍNDIOS/AL

No dia de ontem (12 de outubro) foi inaugurado o Memorial Monsenhor Odilon Amador dos Santos, sendo uma estátua representativa, edificada em bronze, cuja obra é do escultor pernambucano Ranilson Viana. A mesma foi edificada na Praça Monsenhor Macedo, Centro de Palmeira dos Índios/AL.
Padre Odilon Amador nasceu em 19258 (em Pão de Açúcar/AL) e faleceu em 2015, em Palmeira dos Índios/AL; ele foi Vigário Geral da Diocese de Palmeira dos Índios e Monsenhor Capelão do Papa João Paulo II.

Para saber mais acesse aqui.

Obs. as fotos com legenda são nossas; as fotos sem legenda foram copiadas das redes sociais.



sexta-feira, 1 de outubro de 2021

Resumo: Universidade - criação e produção do conhecimento, de Luckesi

Imagem copiada de: extra.com.br

   Quando tratamos de adquirir conhecimentos, isto é, estarmos inseridos num processo educacional, vem-se em mente a ideia de escola, sendo esta, muitas vezes, incapaz de formar cidadãos autônomos. Quanto a Universidade, busca-se não apenas àquela que adquire e repete informações, mas essencialmente, uma universidade que privilegie a reflexão crítica sobre o meio. Enfim, que possa unir inteligências para criar e produzir conhecimentos.

           

  1. A Universidade através da história

            Algumas lições da história geral da universidade.

A Universidade surgiu na Antiguidade clássica, especificamente no Ocidente, com destaque para Grécia e Roma. Nesta época o aprendizado girava em torno do “mestre”, que conduzia seus discípulos. Porém, somente na Idade Média, ela tornou-se efetivamente uma instância de elaboração do pensamento, contando especialmente, com a ação da Igreja Católica. Neste período estudavam-se basicamente as concepções Religiosas e Filosóficas.

Daí então, surge no período da Renascença, a Reforma e a Contra-Reforma e consequentemente o advento da Idade Moderna, que favoreceram o desenvolvimento de uma mentalidade individualista, além da ascensão científica. Porém, com a diversidade dos modos de conhecer, ainda assim a universidade estava atrelada as “leis dogmáticas” e via-se numa situação incompatível com a nova realidade.

A partir daí teremos o Iluminismo (XVIII) que influenciou bastante a universidade e a levou para a linha Napoleônica, com a responsabilidade de fornecer a aquisição de ensino profissionalizante, através das correntes Positivista, Pragmática e Utilitarista. Nesta época, inaugurava-se a universidade moderna e a preocupação com a pesquisa científica.

 

            A Universidade no Brasil

O ensino universitário chegou ao Brasil com a vinda de Dom João VI para a Colônia, entretanto, a efetivação de Faculdades ou Ensino Superior só tornou-se possível em 1900. Porém, só em 1935 o “profeta” Anísio Teixeira sonhou uma universidade que oferecesse a possibilidade de debates livres, sonho este irrealizável, devido à chegada desastrosa da Ditadura Militar. Neste período a universidade brasileira apenas reproduziu conhecimentos elaborados nos grandes complexos educacionais de países desenvolvidos, todavia, não deixou morrer o sonho de construir uma universidade de alto nível e preocupada com os problemas sociais. Ela é, portanto, chamada a assumir a formação de uma personalidade realmente brasileira, com os mesmos recursos científicos das demais nações universitárias.

2.      A Universidade que não queremos

      Não queremos uma universidade sem o essencial, a pesquisa. Com ensino repetitivo e ausente da realidade. Muito menos uma universidade sem criatividade e que não analise problemas da sua realidade. Não àquele modelo em que o professor era o único “sujeito ativo” e os alunos balançavam a cabeça para tudo que ele dizia. Não queremos uma universidade, onde a direção-administrativa tenha vínculos que não sejam pedagógicos ou didáticos, tais como políticos, ideológicos ou dogmáticos, ou ainda privativos e assim restritos para alguns.

3.      A Universidade que queremos

      Queremos uma universidade composta por pessoas adultas, capazes de refletir com autonomia, com conexão de idéias a respeito dos vários campos da sociedade. A fim de colhermos o máximo de informações e em todos os níveis, onde a pesquisa seja a atividade fundamental. Uma universidade que forme profissionais com alto nível tecnológico e que, posteriormente, façam também ciência. Queremos uma universidade que crie, reproduza e sistematize teorias, vinculadas e efetuadas na realidade, de modo a exercer uma consciência crítica na sociedade. Principalmente, queremos uma universidade que partilhe da democracia, a favor dela, para melhor realizar as lutas democráticas pelos direitos, enquanto exerce conscientemente os deveres.

 

ANÁLISE DO TEXTO 

      É notável, para qualquer leitor atento, um grande processo de evolução, no qual a Universidade esteve envolvida no decorrer da história. Sendo esta, reflexo da realidade e transformadora da mesma, por isso, esteve e estará sempre envolvida com o dinamismo social.

      Deste modo, detectamos com extrema claridade e certeza que a educação, entendida aqui enquanto ensino superior, representado na ideia de universidade, já enfrentou bastantes problemas para se firmar como produtora de conhecimento. Se não bastassem as influências diretas das classes hegemônicas que muitas vezes a regrediu a mero instrumento de promoção das classes favorecidas, houve também outras coações que a tornaram repetidora e incapaz de produzir conhecimentos próprios e úteis para a população como um todo. Na época antiga e média vale salientar a forte pressão da igreja sobre a forma como a universidade devia produzir conhecimentos. E após firmar-se como centro de ensino superior em países já desenvolvidos a universidade chega ao Brasil (já estávamos na época Moderna), porém ainda era incapaz de se auto - sustentar nas pesquisas e assim copiava os estudos dos grandes centros.

      Entretanto, vale dar crédito a vários estudiosos de meados do século XX (tanto antes quanto depois da Ditadura Militar) que lutaram por uma universidade autêntica e autônoma no Brasil, por uma universidade que, de fato, produzisse conhecimentos e realizasse pesquisas em prol do desenvolvimento social e da promoção humana, fazendo assim o verdadeiro papel de centro de estudos, com ensino, pesquisa e extensão, o grande tripé em que qualquer universidade de qualidade deve estar embasada.

     Deste modo estamos caminhando para a busca de mais qualidade, na tentativa de vencer as ideologias e os descasos sociais, sabendo que já é uma enorme conquista podermos desfrutar e cooperar com o meio em que estamos inseridos através da intervenção de um ensino superior oferecido por uma universidade pública, nossa retribuição deve ser, portanto, realizar ações efetivas naqueles locais estudados e verificados como de necessidades emergentes e deste modo fazermos intervenções.


LUCKESI, Cipriano [et. all] "Universidade-Criação e produção de conhecimento". IN.: Fazer Universidade: Uma proposta metodológica. 12.ª Ed. São Paulo. Editora Cortez, 2001.

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