DESCANSO PARA LOUCURA: RELATÓRIO DAS ATIVIDADES REALIZADAS NO ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM SERVIÇO SOCIAL

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quarta-feira, 13 de julho de 2022

RELATÓRIO DAS ATIVIDADES REALIZADAS NO ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM SERVIÇO SOCIAL

Imagem copiada de FATENE.

Relatório concretizado pertinente às atividades realizadas no Estágio Supervisionando, dando ênfase àquelas que se processaram fora da Secretaria Municipal de Assistência Social – do Plantão Social; a pedido da Supervisora de Campo.

IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO

INSTITUIÇÃO: Secretaria de Assistência Social/ Plantão Social

ENDEREÇO: (...). TELEFONE: (...)

ÁREA DE ATUAÇÃO: Assistência Social

ÁREA DE ABRANGÊNCIA: Município de Palmeira dos Índios/AL.

PROJETOS ENVOLVIDOS: PLANTÃO SOCIAL/PETI/BOLSA FAMÍLIA/PROJOVEM ADOLESCENTE/BPC /CRAS/CREAS

FUNCIONAMENTO: de segunda a sexta-feira das 07h30min às 14h00min.

VINCULAÇÃO ADMINISTRAÇÃO: Prefeitura Municipal de Palmeira dos Índios

SECRETARIO (A) DE ASSISTÊNCIA SOCIAL: (...).

 

INTRODUÇÃO 

“Considera-se Estágio Supervisionado todas as atividades práticas inerentes ao processo formativo acadêmico, que se configurem numa aprendizagem vivencial [...] é, portanto, uma atividade obrigatória que se efetiva nos 5º, 6º e 7º períodos, aos acadêmicos que cumprirem as disciplinas exigidas como pré-requisito no Projeto Político Pedagógico do Curso de Serviço Social, mediante inserção nos espaços sócio ocupacionais que preencham os requisitos para a realização do estágio”. A cada um desses períodos efetivados corresponderá a 150 horas, totalizando 450 horas de atividades.

Dentre outras obrigações, o estagiário, no decorrer do processo deve desenvolver as seguintes exigências: diário de campo, plano de estágio, plano de ação, relatório parcial e final, análise institucional e plano de intervenção. Todas as atividades desenvolvidas, de baixa ou de alta complexidade carecem da orientação ou, no mínimo, conhecimento do supervisor de campo.

O nosso campo de estágio trata-se da Secretaria Municipal da Assistência Social, no Município de Palmeira dos Índios. Entendemos que a Secretaria funciona como um todo e mantém relação com diversos projetos e programas, sejam de caráter Municipal ou de ordem Estatal ou ainda demandados pela esfera Federal; mas é importante salientarmos que nosso campo de estágio se restringe ao Plantão Social, o qual será melhor explicitado mais adiante. Porém, não delimitamos nossa análise a partir daqui exposta, mesmo porque na nossa prática como estagiários, já pudemos perceber que não podemos ficar restritos somente ao Plantão Social, pois assim não faz a supervisora de campo, estando sempre envolvida numa série de atividades que perpassam a ideia e as responsabilidades do Plantão Social, adentrando às visitas domiciliares, ao desenvolvimento e implementação de projetos, nesta área, para atender a demanda do município.

Portanto, o Plantão Social faz parte da Política Pública de Assistência Social; cuja demanda é espontânea. Os serviços são voltados às situações emergenciais, tais como: calamidade pública, identificação e busca de familiares de usuários adultos/ idosos em situação de rua etc.

O Plantão Social é um serviço de atendimento direto à população em situação de vulnerabilidade social, o qual faz parte da Política Pública de Assistência Social e a partir do Decreto 6.307, de 14 de Dezembro de 1993 presta serviços à população que necessita de benefícios eventuais, no qual o Art., 1º deste Decreto versa que, “são provisões suplementares e provisórias, prestadas aos cidadãos e às famílias em virtude de nascimento, morte, situações de vulnerabilidade temporária e de calamidade pública”, todavia o Município de Palmeira dos Índios não tem os Benefícios Eventuais devidamente regulamentados.

Tem como finalidade: estabelecer critérios, normas e diretrizes para o atendimento das pessoas ou famílias; está fundamentado na Constituição Federal de 1988, na LOAS: Lei nº. 8.742/93 e na Política Nacional de Assistência Social; seus instrumentos são: acolhimento, escuta, entrevista, visita domiciliar, encaminhamentos etc.

O Plantão Social “concede” as seguintes solicitações: cesta básica (que não é um benefício contínuo); material de construção, como telhas, tijolos, cimento, para a família que se encontre em situação de calamidade ou precariedade; leite especial, fornecimento mediante encaminhamento de médico ou enfermeiro, por um período de três meses; passagem intermunicipal, prioridade para os que residem noutros municípios; passagem interestadual, devendo arcar somente com a ida; auxílio funeral, a secretaria custeia valor até R$ 300,00; aluguel de casa, por um período máximo de três meses, em caso de calamidade, desabamento, conforme avaliação técnica social; colchão d’água, para usuário que porte de solicitação de um profissional e que se encontre em situação de vulnerabilidade social. É importante salientar que o financiamento destinado à concessão desses benefícios eventuais não está sob o controle do Plantão Social, mas ao contrário é centralizado no setor de finanças da Prefeitura Municipal de Palmeira dos Índios, quer dizer que, para atender as solicitações, mesmo que façam uma análise da situação, através de parecer social, as assistentes sociais sempre dependem da autorização do setor financeiro e do aval do (a) Secretário (a).

De acordo com dados de 2008, a cestas básicas estiveram na ponta das solicitações, tendo havido concessão de 58 cestas; ao todo, porém, foram atendidas 122 solicitações ano passado, dentre todos os itens anteriormente citados.

Segundo perfil do Plantão Social, “o trabalho da Assistência Social é social e técnico, tendo por objetivo fazer com que as pessoas sejam autores e atores de suas próprias vidas, superando suas dificuldades com autonomia e poder de transformação”.

   A partir daqui procuramos elencar, de maneira sucinta as principais atividades realizados no âmbito do Plantão Social e principalmente fora dele.

Quanto aos Estagiários Mary Anne Bezerra e Jalon Nunes de Farias, houve o primeiro contato com a supervisora de campo e o local de estágio, exatamente em 20 de julho de 2009. Neste primeiro momento apenas conhecemos um pouco o local e mantivemos os primeiros contatos com os usuários. Neste sentido, podíamos observar como se processa a relação assistente social – usuário e como lidar com as situações de concessão de benefícios e principalmente ouvir o usuário e estrategicamente o esclarecer quanto ao “direito de ter direitos” acessados. Essas atribuições também são válidas para a estagiária Elaine Suane, a única diferença é que ela adentrou a esse campo de estágio, logo depois.

Normalmente nós – estagiários – comparecíamos ao Plantão Social as terças, quintas e sextas e ultimamente, flexibilizando-se aos horários da supervisora de campo, somente às sextas-feiras.

A Universidade Federal de Alagoas, através da Professora – Coordenadora Ms. Sueli Nascimento desenvolve o projeto Monitoramento, Avaliação e Assessoramento da Política de Assistência Social no Município de Palmeira dos Índios, onde a estagiária Elaine Suane Santos é bolsista e o estagiário Jalon Nunes e a estagiária Mary Anne são colaboradores, de maneira que – com a autorização e recomendação da supervisora de campo Adalúsia Rodrigues, muitas das atividades realizadas neste projeto estão sendo aproveitadas, principalmente no critério de aprendizagem prática e acúmulo de horas, para suprir algumas carências no comparecimento ao campo de estágio, propriamente dito, exemplo disso é, quando os estagiários precisaram se afastar do campo de estágio para participar de conferências e seminários, ou mesmo quando a supervisora de campo esteve em período de férias[1].

Abaixo, em tabelas, relacionamos as principais atividades que foram desenvolvidas extracampo de estágio, mas que serão contabilizadas como atividades inerentes ao estágio, mesmo porque assim consentiu a supervisora de campo, requisitando o conhecimento delas.

 ATIVIDADES REALIZADAS POR ELAINE SUANE SANTOS DE SOUZA:

ATIVIDADES

  • Mobilizações pré conferência/ Conferência Municipal de Assistência Social
  • Capacitação para elaboração do Plano de Assistência Social
  • Capacitação para bolsistas pibip-ação
  • III colóquio em prol da inclusão social da pessoa com deficiência (com apresentação do projeto em forma de banner e também onde foi ministrado o minicurso sobre monitoramento e avaliação da política da pessoa com deficiência).
  • Congresso Acadêmico (apresentação oral e, apresentação em banner do projeto e participação em mesa redonda)
  • Visita às entidades:

(CRAS, Albergue, FUNDANOR – feminina e masculina, Lar da Criança, Associação Educacional Francisca Lechner, sociedade beneficente de Palmeira dos Índios, Instituto Mulher Cidadã.)

Para levantamento de informações no intuito de compor o banco de dados sobre a rede sócio assistencial.

ATIVIDADES REALIZADAS POR MARY ANNE BEZERRA[2]:

ATIVIDADES

  • Mobilizações pré conferência/ Conferência Municipal de Assistência Social
  • III Colóquio em prol da inclusão social da pessoa com deficiência: participação como ouvinte e; (auxílio para realização do minicurso sobre monitoramento e avaliação da política da pessoa com deficiência).
  • Congresso Acadêmico: participação como ouvinte.
  • Visita às entidades

(Albergue; FUNDANOR – feminina e masculina, para levantamento de informações no intuito de compor o banco de dados sobre a rede sócio assistencial).

ATIVIDADES REALIZADAS POR JALON NUNES DE FARIAS:

ATIVIDADES

· Conferência Municipal de Educação – CONFEMEPI, participação como ouvinte; participação ativa nas discussões dos sete eixos temáticos[3].

  • III Colóquio em prol da inclusão social da pessoa com deficiência: participação como ouvinte e; (auxílio para realização do minicurso sobre monitoramento e avaliação da política da pessoa com deficiência).
  • Congresso Acadêmico: participação como ouvinte.
  • Visita às entidades: (CRAS (Jardim Brasil); Albergue; FUNDANOR – feminina e masculina, para levantamento de informações no intuito de compor o banco de dados sobre a rede sócio assistencial).

CONCLUSÃO

  Por fim, percebemos que as atividades referentes ao estágio são bastante amplas e que, se a supervisora de campo é flexível a ponto de permitir que os estagiários participem de atividades distintas daquelas inerentes ao campo de estágio, porém, ligadas pela veia temática, contabilizando as horas dedicadas, não só nas participações em eventos como congressos, seminários, conferências, etc., mas também na leitura e discussão de textos e temáticas, o estágio torna-se mais enriquecedor e proporcionador de conhecimentos para os dois polos relacionados, estagiários e supervisor de campo.

 Naturalmente nosso estágio segue para umas das etapas mais importantes, uma vez que estamos concluindo o plano de intervenção e na próxima fase iremos executá-lo, evidentemente com a supervisão da Assistente Social Adalúsia Rodrigues, nossa estimada supervisora de campo.

REFERÊNCIAS

LEI Nº 8.662, DE 7 DE JUNHO DE 1993. Lei de Regulamentação da Profissão.

LEI Nº 8.742, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1993. Lei Orgânica de Assistência Social.

BRASIL, Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil: texto constitucional promulgado em 5 de outubro de 1988. Brasília: Senado Federal. Subsecretaria de Edições Técnicas, 2007.

NOB/SUAS. Norma Operacional Básica/ Sistema Único de Assistência Social – SUAS. Construindo as bases para a implantação do Sistema Único de Assistência Social. Brasília, julho de 2005.

PLANO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL (2009). (por Adalúsia Rodrigues Gonçalves; Elys Paula M. Viana/ Assistentes Sociais). Palmeira dos Índios: Secretaria Municipal da Assistência Social. (sendo retificado).


[1] Mas é importante salientar que os maiores aproveitamentos de períodos de horas válidas para o campo de estágio acontecem quando nas discussões referentes ao desenvolvimento do projeto, uma vez que este ultimamente vem se dedicando à conclusão do Plano Municipal de Assistência Social, que na sua elaboração tem à frente, as assistentes sociais do Município, inclusive a supervisora de campo Adalúsia Rodrigues.

[2] Além das atividades relacionadas na tabela, foi feito a leitura e o resumo da NOB-SUAS, como substituição de carga – horária e entregue a supervisora de campo.

[3] Também no que diz respeito à compensação desse período da Conferência, que se estendeu por três dias, a supervisora de campo solicitou do estagiário a leitura e elaboração de um esquema referente à NOB-SUAS.

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