DESCANSO PARA LOUCURA: Resumo: O jovem e o contexto familiar, de Silvia Losacco

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quarta-feira, 8 de junho de 2022

Resumo: O jovem e o contexto familiar, de Silvia Losacco

Imagem copiada de Jornal de Brasília.

LOSACCO, Silvia. O jovem e o contexto familiar.

 A autora, Losacco, por ter também uma formação em Psicologia, inicia seu raciocínio mostrando que somente este ramo de conhecimento não é capaz de suprir todas as inquietações postas pela sociedade moderna, sendo necessário a construção de saberes de forma transdisciplinar e intermediados por teoria e prática.

São contemplados dois eixos nesta temática: a concepção atual sobre jovens e suas famílias e como estão, de modo geral, estabelecidos os laços entre jovens e sociedade como um todo; também quais políticas têm sido direcionadas a este segmento.

A família, mesmo aquelas que se encontram desestruturadas são sim consideradas um “porto seguro” para os jovens e as crianças. Resta aos profissionais que se envolvem nas questões de família, “desenvolver uma capacidade para aceitar a família tal como ela se constitui em face dos desafios que enfrentou, em lugar de procurar nela o modelo que temos como representação” (p. 65).

Está exposta, no texto, a importância de se conhecer a dimensão sócio-histórica do jovem, seus limites mínimos e máximos, presentes de forma específica, dentro de cada conjuntura. E assim para definir a juventude presente numa determinada sociedade é preciso que se observe a faixa de idade, entendendo tal segmento como um grupo social. Ainda de acordo com o texto, “o jovem necessita de parceiros que o ajudem a construir formas adequadas de superação das incertezas e dos conflitos advindos das novas experiências corporais e relacionais” (p. 67).

A puberdade representa uma transição muito importante, levando o indivíduo a inaugurar sua juventude, com a incidência de grandes transformações corporais e psíquicas, desencadeando uma tão falada “crise”, mas esta poderá ser menos preocupante para a família, se o jovem se encontrar num ambiente sócio-econômico e familiar adequados e preparados para suprir suas demandas.

Podem ocorrer no ambiente familiar sérios conflitos, como que choques de geração, pois os pais precisam se reconfigurar, para melhor se relacionarem com seus filhos e estes últimos nem sempre refletem sobre suas manifestações.

Legalmente falando, jovem é o indivíduo que se encontre entre 12 e 18 anos de idade. Socialmente falando, essa juventude (em termos de idade) ganhou um prolongamento, sendo dos 16 aos 24 anos, isso é reflexo de uma nova configuração no campo educacional e no mundo do trabalho.

O crescimento da população de jovens, o difícil acesso à educação e a tantos outros serviços básicos, atrelados a incapacidade estatal e do mercado, na oferta de empregos, levam os jovens a uma latente exclusão e a uma extrema vulnerabilidade social, principalmente quando esses pertencem às famílias de baixa renda.

Quanto às políticas sociais voltadas para este segmento, a autora diz que elas “empurram jovens pobres para comportamentos socialmente excludentes; quanto mais excluídos, menos as políticas atuais atingem mudanças de comportamentos necessárias para sua inclusão social” (p. 73).

Quanto aos profissionais que estão envolvidos com este segmento, é preciso que eles “conheçam criticamente as políticas sociais existentes, bem como as dificuldades resultantes do distanciamento entre os direitos conquistados e a realidade do atendimento oferecido. [...] Devem ser conhecimentos técnicos e instrumentais” (p. 75).

É condição essencial para poder colaborar com este grupo social (os jovens), considerá-los como sujeitos individuais, como sujeitos coletivos e como sujeitos políticos; estando estas três esferas profundamente interligadas, uma vez que tratamos das relações da sociedade, mesmo porque é este todo orgânico e sistêmico da sociedade quem influencia diretamente a vida de cada indivíduo, assim como do grupo social.

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