HUGON,
Paul. História das Doutrinas Econômicas.
14 ed. São Paulo: Atlas, 1984.
3. O MERCANTILISMO
- Mercantilismo representa o conjunto de ideias e práticas econômicas que floresceram na Europa, entre 1450 e 1750.
- Foi essa nova ordem intelectual, política e geográfica que favoreceu a aurora dos tempos modernos.
Transformação
intelectual:
- Representada pelo Renascimento.
- “É o momento em que ressoam os nomes prestigiosos de um Leonardo da Vinci, de um Miguel Ângelo, de um Rafael, e um Ticiano”. (p. 59)
- Tudo isso possibilitou o desenvolvimento da ciência moderna. Desenvolve-se a curiosidade de saber, um ideal novo de bem-estar, de consumo, de luxo.
- A impressa contribui decisivamente para o desenvolvimento de novas ideias.
- Junta-se a tudo isso uma vontade de criar, sendo que em todos os domínios.
- Essa vontade de viver melhor, de empreender, de querer realizar-se e conquistar são bastante favoráveis ao desenvolvimento econômico.
- Calvino é importante contribuinte da ideia de atividade econômica e de busca de lucros.
- Ele posiciona-se contra as proibições do catolicismo e justifica o empréstimo a juros.
Transformação política:
- Surge no século XI o Estado Moderno.
- A centralização monárquica se generaliza em toda a Europa.
- Neste âmbito o estado submeteu seus servos e adquiriu a capacidade de transformar a unidade política e econômica numa ideia de economia nacional e daí o Estado passa a coordenar todas as diferentes forças ativas da nação.
- O comércio transforma-se em negócio público.
- A nação passa a ser compreendida como um organismo econômico.
- Surgem também antagonismos violentos, pois ‘o lucro de uns acarreta no prejuízo de outros’.
Transformações
geográficas:
- A decisiva no processo de expansão e conquista de territórios, foi sem dúvida a navegação, e especialmente, aquela desenvolvida pelos portugueses.
- Neste processo de forte exploração, a vida econômica rasga, então, o horizonte universal.
- “A transformação geográfica, foi, talvez o fenômeno mais importante. O afluxo dos metais preciosos (...) estimulam o desenvolvimento das ideias interessantes sobre moeda e a possibilidade de elaboração da concepção metalista, base dos sistemas mercantilistas”. (p. 64)
IDEIAS ECONÔMICAS E
MONETÁRIAS
Ideias referentes à
moeda
- No século XVI, a moedas tomam conta da Europa; a questão do valor passa a ganhar outra conotação e os trabalhadores são os que mais sofrem.
- Neste período, então havia uma forte alta dos preços.
- Causa esta, advinda da enorme quantidade de metais que estavam estocadas.
- Havendo uma relação direta entre movimento do estoque de metal precioso e os movimentos de preço.
Ideia Metalista
- “A prosperidade dos países parece estar na razão direta da quantidade de metais preciosos que possuem”. (p. 65)
- Riqueza e quantidade de metal precioso, possuídas por um país é expressão de um só fenômeno.
- “Os mercantilistas não veem o ouro e a prata como a única riqueza, mas os considera como o mais perfeito instrumento de aquisição da riqueza”. (p. 66)
- Muitos mercantilistas confundiram a riqueza com o dinheiro.
- Outra ideia metalista: a necessidade de dinheiro para se fazer a guerra.
- Três princípios fundamentais da ideia metalista: ideia de moeda e riqueza, durabilidade da riqueza metálica, necessidade de dinheiro para a guerra.
- Essas ideias são a alma do pensamento mercantilista.
JaloNunes.
Copiado de: |
Nenhum comentário:
Postar um comentário