GIDDENS, Anthony. As consequências da Modernidade. – São
Paulo: Editora UNESP, 1991.
- Modernidade refere-se a estilo, costume de vida ou organização social que emergiram na Europa a partir do século XVII e que ulteriormente se tornaram mais ou menos mundiais em sua influência (p. 11).
- Para Jean-François Lyotard: a pós-modernidade se refere a um deslocamento das tentativas de fundamentar a epistemologia, e da fé no progresso planejada humanamente; a perspectiva pós-moderna vê uma pluralidade de reivindicações heterogêneas de conhecimento, na qual a ciência não tem um lugar privilegiado (p. 12).
- Estamos alcançando um período em que as consequências da modernidade estão se tornando mais radicalizadas e universalizadas do que antes (p. 13).
- A ideia de que a história humana é marcada por certas descontinuidades e não tem uma forma heterogênea de desenvolvimento é obviamente familiar e tem sido enfatizada em muitas versões do marxismo (p. 13/14).
- Tanto e sua extensionalidade quanto em sua intensionalidade, as tranformações envolvidas na modernidade são mais profundas que a maioria dos tipos de mudança características dos períodos precedentes; essas mudanças ocorridas durante os últimos três ou quatro séculos – um diminuto período de tempo histórico – foram tão dramáticas e tão abrangentes em seu impacto que dispomos apenas da ajuda limitada de nosso conhecimento de períodos precedentes de transição na tentativa de interpretá-las (p. 14).
- Desconstruir o evolucionismo histórico (as grandes narrativas) significa aceitar que a história não pode ser vista como uma unidade, ou como refletindo certos princípios unificadores de organização e transformação (p. 15).
- A perda da crença no progresso, é claro, é um dos fatores que fundamentam a dissolução de narrativas da história (p. 19).
- Como identificar as descontinuidades: verificar o ritmo de mudança nítido que a era da modernidade põe em movimento; o escopo dessa mudança e a natureza intrínseca das instituições modernas (p. 15/16).
- Pós-modernismo significa: referência a estilos ou movimentos no interior da literatura, artes plásticas e arquitetura; diz respeito às reflexões da estética. Pós-modernidade se refere a algo diferente; significa a trajetória do desenvolvimento social, que está nos tirando das instituições da modernidade rumo a um novo e diferente tipo de ordem social (p. 51/52).
- Para Giddens ainda estamos na modernidade, sendo uma modernidade radicalizada (consideração da professora).
- Falar de pós-modernidade como suplantando a modernidade parece invocar aquilo mesmo que é (agora) declarado impossível: dar alguma coerência à história e situar nosso lugar nela (p. 53).
- A historicidade: ela pode ser definida como um uso do passado para ajudar a moldar o presente, mas não depende de um respeito pelo passado. A historicidade significa um conhecimento sobre o passado como um meio de romper com ele – ou, ao menos, manter apenas o que pode ser justificado de uma maneira proba[1]; ela nos orienta, primeiramente, para o futuro (p. 56).
- Não vivemos ainda num universo social pós-moderno, mas podemos ver mais do que uns poucos relances da emergência de modos de vida e formas de organização social que divergem daquelas criadas pelas instituições modernas (p. 58).
- Essa radicalização na modernidade pode ser resumida em: a dissolução do evolucionismo, o desaparecimento da teleologia histórica, o desaparecimento da reflexidade meticulosa, constitutiva, junto com a evaporação da posição privilegiado do Ocidente (p. 58).
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