Introdução:
PARTIDO POLÍTICO:
PC do B – Partido Comunista do Brasil:
PV – Partido Verde:
PSC – Partido Social Cristão:
PT – Partido dos Trabalhadores:
Raízes ideológicas do PT:
Conclusão:
O presente trabalho retrata a face de alguns Partidos Políticos Brasileiros,
dando ênfase a quatro deles, que são os seguintes: Partido Comunista do Brasil - PC do B,
Partido Verde - PV, Partido Socialista Brasileiro - PSB e Partido dos Trabalhadores - PT.
Ainda na apresentação é possível visualizar como emergiu a noção de
Partido, numa visão global, demonstrando desde sua etimologia, isto é, a
palavra raiz que serve seu radical, a composição do termo, que assim como tantos
outros nomes corriqueiros do nosso dia-a-dia, avém do Latim, língua mãe de
tantas outras.
Além disso, destaca as primeiras formas de partidos no mundo e suas
eventuais práticas, assim como a origem dos partidos no Brasil e suas primeiras
manifestações.
Trata-se de uma pesquisa eminentemente bibliográfica.
Trata-se de uma pesquisa eminentemente bibliográfica.
Ao ler, é interessante que não esqueçamos que, grande parte dos partidos
acaba não cumprindo seus estatutos originais e são a eles infiéis, buscando
apenas e primordialmente a conquista e o usufruto do poder, que a política
sempre concede aos donos dos títulos de representatividade.
TEORIA POLÍTICA E PARTIDOS POLÍTICOS NO
BRASIL CONTEMPORÂNEO:
Destaque das correntes de pensamento na
história da criação (e transformações) de quatro atuais partidos políticos
brasileiros.
Designa um grupo organizado formal e legalmente, com base em formas
voluntárias de participação, em uma associação orientada para influenciar ou
ocupar um poder público, no entanto, a palavra Partido, advém do Latim: pars, partis, que significa rachado,
dividido, desunido. Enquanto na definição Sociológica, os Partidos
Políticos atuais são organizações burocráticas que se fundamentam na ideologia
da representação política, e não no acesso direto do povo às decisões
políticas, e possuem como objetivo, conquistar poder, além de ganhar expressão
política.
A ideia surgiu na Grécia, mas somente na Inglaterra, no século XVIII, os
Partidos Políticos foram institucionalizados, ganhando uma dimensão política,
especialmente após a Revolução Francesa e a independência dos Estados Unidos da
América.
No Brasil, o termo foi usado pela primeira vez na Independência do
Brasil, quando se falava em Partido Português e Partido Brasileiro. Já os
primeiros partidos de existência legal foram o Partido Conservador e o Partido
Liberal, isso na época do Segundo Reinado (1840-1889). Na República Velha
(1889-1930) predominava apenas organizações regionais, com um partido em cada Estado. Durante
o Regime Militar predominou o Bipartidarismo.
Atualmente vigora no Brasil, o Pluripartidismo
ou Pluripartidarismo, até porque
a Constituição (1988) garante ampla liberdade partidária, havendo, no entanto,
vedações para as formas de Fascismos, Nazismos e Monarquias.
Os principais partidos políticos brasileiros em atividade têm as
seguintes siglas: PDT (1981), PC do B (1962), PL (1985), PFL (atual Democratas)
(1984), PMDB (1980), PPS (a partir do PCB – 1992), PPB (1995), PSDB (1988), PSB
(1947), PT (1980), PSTU (1994), PV (1986), PTB (1979), existem ainda PRONA, P-SOL
e outros menos influentes. Destacaremos quatro dos partidos políticos
brasileiros a seguir.
PC do B – Partido Comunista do Brasil:
Essa agremiação defende ideias socialistas, e tem como bandeiras
principais a luta pela Reforma Agrária, distribuição de renda e igualdade
social.
Foi, na verdade, fundado em 1962, é o mais antigo partido do país. Viveu
por 60 anos na clandestinidade e somente em 1962 foi institucionalizado e
realçou sua marca revolucionária. Foi perseguido pelo Regime Militar, mas vive
na atualidade uma das fases mais promissoras da sua história política.
O PC do B guia-se pelas teorias científicas de Karl Marx, F. Engels e
Lênin. Procura aplica-las coletivamente à realidade brasileira e desenvolvê-las
constantemente. O princípio básico de sua organização é o centralismo
democrático, onde ocorre a submissão da minoria à maioria, a unidade de ação e
a direção coletiva.
O Partido quer um Brasil socialista, um país verdadeiramente democrático
e soberano.
Seus membros atuam contra a ação nefasta do Neoliberalismo e buscam a implementação de
um modelo de desenvolvimento que privilegie o crescimento da economia, a
afirmação da soberania nacional, valorização do trabalho e distribuição de
renda.
No mandato do Governo Lula, os Comunistas acreditavam que era por meio daquele governo que seria possível realizar uma mudança democrática, soberana e popular no país.
Por isso o centro da tática política foi atuar ao lado do governo.
Defendem também a autonomia do movimento sindical, estudantil e popular
nas suas respectivas lutas. Por outro lado, apoiam a política externa do Brasil
e as parcerias estratégicas com vários outros países.
O Partido Verde surgiu como instituição política na Tasmânia (Austrália).
Um grupo de ecologistas denominado United
Tasmanian Group se reuniu pela primeira vez em 1972. O objetivo era impedir
o transbordamento do Lake Pedder (Lago
Pedder). Mais Tarde o grupo adotou o nome de Green Party. Hoje, o Partido Verde é parte decisiva na política australiana
tendo elegido deputados e senadores.
Possui base ideológica ecológica, portanto, os integrantes do PV lutam
por uma sociedade capaz de crescer com respeito à natureza. São favoráveis ao
respeito aos direitos civis, a paz, qualidade de vida e formas alternativas de
gestão pública. Lutam ainda contra as ameaças ao clima e aos ecossistemas do
nosso planeta.
O Partido Verde está constituído em mais de 120 países.
No Brasil a primeira manifestação político partidária com o nome de
Partido Verde ocorreu no Estado do Paraná em 1982.
Em todas as federações que atua, este Partido se empenha em defender, de
maneira política e partidária, as questões que dizem respeito ao Meio Ambiente
e a sustentabilidade humano – natureza, de maneira a buscar a preservação. Seus membros estão,
portanto, inseridos numa “corrente verde”, que busca unir forças para a luta
pela defesa do verde que nos sustenta.
O Partido Verde veio a ser criado, no Brasil, em 1986 no Rio de Janeiro.
Um grupo composto por escritores, jornalistas, ecologistas, artistas e também
por antigos exilados políticos começou a dar forma ao PV.
Em 1992 durante, a ECO-92, os verdes
de várias partes do mundo se encontraram pela primeira vez no Rio de Janeiro. A
partir de então se iniciou a formação das Federações de Partidos Verdes com o
objetivo de cooperação, troca de experiências e consolidação programática. Hoje
os verdes estão organizados em quatro Federações:
A Federação Europeia dos Partidos Verdes, a Federação dos Partidos Verdes das
Américas, a Federação dos Partidos Verdes da África e a Federação dos Partidos
Verdes da Ásia e Oceania.
Foi criado em 1985, especialmente para quebrar o tradicional
bipartidarismo que predominava no Brasil, representado pelo ARENA (Aliança
Renovadora Nacional) e MDB (Movimento Democrático Brasileiro).
Consolidados o pluralismo partidário e a democracia, lutam pela
concretização de um projeto que definisse os processos de produção e
distribuição da riqueza, apoiado fundamentalmente no respeito à pessoa humana,
procurando colocá-la acima de quaisquer valores, econômicos ou financeiros, por
mais importantes que eles fossem ou que pudessem ser.
Para isso, o PSC, vem ao longo desses anos, consolidando-se, enfrentando
todos os obstáculos, que não são poucos, como uma força política autêntica,
doutrinária, programática e ideológica, que se dispõe, com a ajuda dos (as)
correligionários(as) e eleitores(as), a encontrar novos rumos para a
nacionalidade.
Inicialmente havia o propósito de avançar na consolidação da democracia e
consequentemente na garantia e proteção dos direitos humanos. Portanto, em 31
de março de 1971 foram publicados o Manifesto, Estatuto e Programa do Partido
Democrático Republicano – PDR, pois inicialmente era essa nominação do partido.
Em 30 de janeiro de 1980, reproduziram a publicação do Manifesto, já várias
vezes publicado, entre outros, com os seguintes dizeres: " Pelos
princípios do SOCIALISMO CRISTÃO, haveremos de exigir uma conduta da sociedade
e práticas de governo que objetivem o bem estar geral”, tais como:
• Não é possível conviver com os
graves problemas da concentração urbana. É preciso haver coragem e competência
para se implantar uma política agrária que, naturalmente, irá ferir direitos
bastante contestáveis de uma minoria.
• Não é possível admitir que
vigore, eternamente, uma política financeira em prevalência sobre a econômica,
desalentando imprescindíveis áreas de produção, pelas facilidades concedidas
aos negociadores de moeda.
• Não é mais possível a permanência
de uma política de tributação, onde os que menos ganham são os que mais pagam
impostos, contribuindo, cada vez mais, para a má distribuição da renda.
• Não é possível continuarmos em um
grau de dependência crescente para promovermos nosso desenvolvimento. É preciso
implantar uma política tecnológica peculiar para solucionar nossas questões
econômicas fundamentais, evitando soluções que fujam às nossas possibilidades
próprias, acarretando o círculo vicioso de nossa subordinação.
• Não é possível que se perpetue o
processo de ganho nos lucros do trabalho somente para uma minoria, quando a
força do trabalho, sendo antecipadamente o instrumento básico para a geração de
lucros, deve também ser considerada, implicitamente, participante dos
benefícios ocasionados.
• Não é possível que o sistema
educacional brasileiro não atente para a necessidade, imperiosa, da educação
profissional a nível médio, assegurando ao país, uma força de trabalho
indispensável ao seu crescimento, e abafando as frustrações dos processos de
alfabetização que, apenas iniciados, reclamam prosseguimento.
“E o que acima de tudo não é possível, é essa tomada do nosso país pela
voracidade multinacional, que o descobriu como um 'Novo Mundo' a
explorar, sugando suas riquezas e espoliando seu povo, desconhecendo suas leis,
seus princípios, seus sentimentos e sua história, mutilando a pureza de sua
língua, e impondo sobre todos esses valores fundamentais, responsáveis pelo
milagre da preservação de nossa Pátria, inaceitáveis manifestações de novos
donos poderosos, como se aqui já não mais existisse uma pátria dos brasileiros,
mas somente um território livre para ser o celeiro universal”.
Seu objetivo maior é levantar a bandeira do NACIONALISMO como ponto de
partida de seu programa de lutas, pois o objetivo superior e máximo a ser
perseguido, incoercível diante da agressividade do assalto alienígena
deformador de nossa realidade, é o da restauração e da preservação da Pátria
comum, para integral fruição dos brasileiros.
Mais tarde os membros entenderam que seria de melhor alvitre, até mesmo
por coerência doutrinária e ideológica, mudar o nome do partido para PSC -
PARTIDO SOCIAL CRISTÃO. Iniciaram-se então os preparativos com a ajuda de
vários companheiros, que contribuíram de forma decisiva para que a ideia se
consolidasse. Assim, em 15 de maio de 1985, publicou-se o Manifesto, Estatuto e
Programa do PSC - PARTIDO SOCIAL CRISTÃO, no Diário Oficial da União,
basicamente com os seguintes dizeres: Art. 3º - Por serem as mesmas ideias e ideais que nortearam no passado, o extinto
Partido Democrático Republicano - PDR, o PSC os incorpora e manterá a
continuidade dos mesmos princípios, conservando a antiga sigla e nome - Partido
Democrático Republicano - PDR , como um dos patrimônios históricos de sua
fundação, obra pioneira de seu patrono, Dr. Pedro Aleixo . A partir do
registro provisório em maio de 1985, o PSC participou de todas as eleições,
municipais e gerais.
O Partido adotou o nome de Social Cristão, já presente em agremiações da
Europa e da América Latina, para professar sua permanente inspiração nos
valores e propósitos do Cristianismo, tais como uma visão espiritual do
universo e uma luta constante em prol de uma sociedade justa, solidária e
fraterna em âmbito nacional, regional e mundial.
É de base Socialista e defende a Reforma Agrária e a justiça social.
No dia 10 de fevereiro de 1980, em uma reunião histórica no Colégio Sion em São Paulo, mais de 1.200
pessoas de quase todos os estados brasileiros se uniram em prol de um ideal em comum:
lutar por uma sociedade mais justa e democrática.
Da união destas pessoas, representantes da igreja progressista, do
movimento social, sindicalistas, estudantes e intelectuais de diferentes
correntes ideológicas, nasceu o Partido dos Trabalhadores, que ao longo do tempo se tornou um das maiores referências de esquerda do Brasil e do Mundo.
Portanto, o Partido dos
Trabalhadores foi oficialmente fundado por um grupo heterogêneo, composto por
dirigentes sindicais, intelectuais de esquerda e católicos ligados à Teologia da Libertação.
O partido é fruto da
aproximação dos movimentos sindicais, a exemplo da Conferência
das Classes Trabalhadoras (CONCLAT) que veio a ser o embrião da Central Única dos Trabalhadores
(CUT), grupo ao qual pertenceu o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com antigos
setores da esquerda brasileira.
O PT foi fundado com um viés
socialista democrático. Com o golpe de 1964,
a espinha dorsal do sindicalismo brasileiro, que era o CGT (Comando Geral dos
Trabalhadores), que reunia lideranças sindicais tuteladas pelo Ministério do Trabalho - um ministério
geralmente ocupado por lideranças do Partido Trabalhista Brasileiro
Varguista - foi dissolvida, enquanto os sindicatos oficiais sofriam intervenção
governamental. A ressurgência de um movimento trabalhista organizado, expressa
nas greves do ABCD paulista da década de 1970, colocava a
possibilidade de uma reorganização do movimento trabalhista de forma livre da
tutela do Estado.
O PT surgiu, assim, rejeitando
tanto as tradicionais lideranças do sindicalismo oficial, como também
procurando colocar em prática uma nova forma de socialismo
democrático, tentando recusar modelos já então em decadência, como o soviético ou o chinês. Significou a confluência do
sindicalismo basista da época com a intelectualidade de esquerda antistalinista.
Foi oficialmente reconhecido
como partido político pelo Tribunal Superior de Justiça Eleitoral no
dia 11 de fevereiro de 1982. Desde a sua
fundação, apresenta-se como um partido de 'esquerda' que defende o socialismo
como forma de organização social. Contudo, diz ter objeções ao socialismo real implementado em alguns
países, não reconhecendo tais sistemas como o verdadeiro socialismo
Mesmo assim, o partido manteve
durante toda a década de 1980 relações amistosas com os partidos comunistas que então
governavam países do "socialismo
real" como a União Soviética, República Democrática Alemã, a República Popular da China, e Cuba. Estas relações, no entanto, jamais se traduziram em
qualquer espécie de organização inter-partidária ou de unidade de ação e não
sobreviveram à derrocada do mesmo socialismo real a partir de 1989, não obstante a
manutenção de uma certa afinidade sentimental de algumas lideranças do PT com o
governo de Fidel Castro.
É certo que o PT nasceu com
uma postura crítica ao reformismo dos partidos políticos social-democratas. Nas
palavras do seu programa original: "as
correntes social-democratas não apresentam, hoje, nenhuma perspectiva real de
superação histórica do capitalismo imperialista". O problema, no
entanto, é que se o PT organizou-se, no papel, a partir das formulações de
intelectuais marxistas, ele também continha em seu bojo, desde o nascimento,
ideologias espontâneas dos sindicalistas que constituíram o seu "núcleo duro" organizacional,
ideologias estas que apontavam para uma aceitação da ordem burguesa, e cuja
importância tornou-se cada vez maior na medida em que o partido adquiria bases
materiais como máquina burocrático-eleitoral.
Poder-se-ia dizer, ainda que,
no PT, o trabalho ideológico-teórico sempre foi levado à reboque das origens
concretas do partido. A favor dessa afirmação está o fato de que seu núcleo
duro é composto por sindicalistas com uma preocupação, acima de tudo, com os
interesses corporativos dos trabalhadores assalariados
organizados, o que explicaria a facilidade com que o partido, uma vez no poder,
adaptou-se à lógica da economia capitalista como um todo e à uma política
econômica bastante ortodoxa.
Deve-se lembrar, ainda, que a
burocracia do PT, por conta das suas ligações com cúpulas sindicais como as da CUT, teve a oportunidade
concreta de desenvolver estratégias de acumulação de capital através da
administração de fundos de pensão privados, estratégias estas que acabariam por
desenvolver uma certa identidade de interesses entre a burocracia do partido e
setores da burguesia
brasileira).
Para alguns, pode-se verificar
as raízes ideológicas do PT em dois grandes nomes do marxismo:
Lênin
e Gramsci.
A Nova Política Econômica (NEP) — doutrina
econômica leninista
que aderia a mecanismos da economia de mercado sem abrir mão do socialismo
— serve de base e inspiração para a política econômica.
Para alguns membros, o reformismo
gramscista é a base da ação política e eleitoral do PT, baseada no paradigma do
moderno príncipe (uma releitura feita por
Gramsci do príncipe de Maquiavel). Esse pensamento é rejeitado por muitos outros petistas, que negam qualquer relação com os comunistas
soviéticos, e até os confrontam, como se vê nas origens do partido.
O PT, em sua própria
definição, sempre pautou-se pela liberdade de opinião e pela disciplina
partidária - que alguns dizem remontar ao Partido Comunista Soviético, dirigido
por Lênin.
Contudo, afasta-se do pensamento desse ideólogo por ser contra a ideia de ser
um partido revolucionário centralizado dirigido por intelectuais. A partir de
sua base tradicional na classe operária urbana, o PT organizou-se mais como um
aglomerado hetereogêneo de núcleos temáticos, de forma antagônica a uma
organização de base em células de tipo comunista, que tendiam a privilegiar a
posição de classe dos filiados sobre seus interesses
espontâneos ou afiliações não-classistas
O PT, desde sua fundação,
acabou por servir de desaguadouro a intelectuais marxistas
e incorporou certas ideias políticas do comunista italiano
Antonio Gramsci, basicamente a interpretação da
luta política como luta pela hegemonia ideológica, teoria esta reinterpretada
num sentido reformista,
em que os enfrentamentos no campo cultural passavam a substituir completamente
a preparação para um enfrentamento revolucionário clássico de tipo violento,
permitindo a aceitação da legalidade e do calendário eleitoral da Democracia
parlamentar.
A maior parte dos estudiosos
de Gramsci no Brasil
é filiada e/ou simpática ao Partido dos Trabalhadores, colocando-se como intelectuais orgânicos de ideologia proletária
e muitos deles foram, inclusive, nomes importantes na criação do partido. Há,
contudo, uma maior diversidade ideológica entre os intelectuais petistas.
Pode conceder-se até, num
sentido restrito, que o gramscismo seja considerado a ideologia do campo majoritário, a ala do PT que hoje o
preside. A adesão do PT ao trabalho de superação do senso comum,
à economia de mercado e ao abandono da luta revolucionária aberta é comprovada
pelas periódicas purgas dos grupos nele incrustados que se reclamavam do
marxismo mais ortodoxo. Em outras palavras, tal "gramscismo" não
passaria de uma ideologia de renúncia à ação revolucionária em favor de um
"socialismo" de meras atitudes pouco onerosas supostamente a favor
dos oprimidos. Concretamente, é difícil explicar qualquer caráter
revolucionário do PT, se lembrarmos do esforço que o partido realizou, a partir
da década de 1990,
para livrar-se de quaisquer grupos marxistas revolucionários conquistados no seu
interior pela via de purgas internas.
Apesar destes pequenas
rupturas o PT ainda consegue ser referência para os trabalhadores e
trabalhadoras do campo e da cidade.
Nota-se, portanto, que os
partidos devem ser caracterizados não somente pela raiz teórico-ideológica em
que estão embasados, mas necessariamente e principalmente no período atual, nas
práticas que executam, exclusivamente para não serem absorvidos e desintegrados
por novas inovações dos campos sócio-politicos, ou até mesmo para não deixarem
de atender as classes hegemônicas e a economia capitalista vigente.
Os partidos são, sem dúvida
complexos de pessoas bastantes ‘inteligentes’ na formação de estratégias que
visam, geralmente ao fortalecimento do partido e a aceitação ideológica cada
vez mais forte de sua legenda e/ou nominação política que venham a defender.
Para isso forjam-se atitudes e ações de cunho social (na maioria das vezes)
e mascaram suas verdadeiras ações, quando envolvidos em atos de corrupção e
outros desmandos. Além disso, tecem alianças com movimentos sindicais, assim
como com os próprios sindicatos e deste modo, conquistam público (voto certo) e
sobrevivem na ‘máfia da política’.
JaloNunes.
Referências:
Disponível em:
<www.wikipedia.com.br//pcdob/pv/psc/pt>.
Acesso em: 27-12-2007.
DUVERGER, M. Os
Partidos Políticos. Brasília,
UnB, 1980.
MICHELS, R. Sociologia
dos Partidos Políticos. Brasília, UnB, 1982.
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