DESCANSO PARA LOUCURA: Fichamento: Curso de Introdução à Economia política, de Paul Singer

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segunda-feira, 21 de outubro de 2019

Fichamento: Curso de Introdução à Economia política, de Paul Singer

SINGER, Paul. Curso de Introdução à Economia política. 17 ed. RJ: Forense Universitária, 2004.
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O CAPITAL E O CAPITALISMO EM PERSPECTIVA HISTÓRICA

Ø  “O capital é, na verdade, muito mais antigo que o capitalismo na história da humanidade”. (p. 132)

Ø “Até determinado momento, os produtores mesmos se davam ao trabalho de levar seus produtos ao mercado e aí realizar as transações de compra e venda necessárias ao prosseguimento de sua atividade produtiva”. Idem

Ø “O que fez do comerciante um capitalista é exatamente o fato de que, embora não seja um produtor direto, ele participa do produto”. Idem

Ø “Restaria então o comerciante puro, unicamente engajado em comprar e vender. Seu ganho resulta, nesse caso, da diferença entre o preço pelo qual compra as mercadorias e o preço pelo qual as vende. A relação entre o lucro é unitário e o preço de venda constitui a margem de lucro. O lucro total resulta: da margem de lucro; do valor das transações e do número de transações”. (p. 132/133)

Ø   "Para o marginalismo, o capital é representado pelo conjunto de recursos materiais ou mentais que permitem ao homem elevar sua produtividade”. (p. 133)

Ø Para os marginalistas não interessa quem se apropria do capital: o produtor ou outra pessoa qualquer.

Ø  “Mas, para os marxistas este é o problema crucial, pois o capital não é constituído ‘por coisas’, mas por uma relação social” (p. 134)

Ø A penetração do capital no processo produtivo pode ser representada pelo salário.

Ø    “Na altura em que surge o capital comercial como um elemento expressivo no quadro econômico, as trocas mercantis já atingem necessariamente grande amplidão (...) o que significa que elas são também necessariamente monetárias”. Idem

Ø   “A existência da moeda dá lugar a uma outra espécie de capital de circulação: é o capital financeiro, que surge primeiro sob a forma de capital usuário”. (p. 135)

Ø  “Os juros são proporcionais ao montante emprestado e ao tempo que durar o empréstimo. Os ganhos do usuário dependem, portanto de 3 elementos: taxa de juros; do valor do capital usuário e do tempo que durar o empréstimo” (p. 135/136)

Ø  “O lucro do capital usuário em cada rotação, isto é, em cada operação de crédito, é tanto maior quanto mais tempo ela levar”. (p. 136)

Ø  “O capitalismo só surge como modo de produção no século XVI, na Europa, sob a forma de manufatura”. (p. 137)

Ø “A Revolução Industrial inaugurou, a partir do último quartel do século XVIII, uma nova fase na história do capitalismo: a máquina”. (p. 138)

Ø  “As novas técnicas de produção são tão superiores em relação às antigas, que o pequeno empreendedor acaba sendo totalmente expulso de um ramo após outro”. Idem

Ø “Para que o capitalismo se apoderasse de todos os ramos de produção, foi necessário o triunfo político do Liberalismo para que a máquina, sob a forma de capital industrial, pudesse penetrar em todas as esferas da vida produtiva, revolucionando a técnica, arregimentando os produtores e expandindo de modo notável a escala de produção”. (p. 139)

Ø  “A produção de novas técnicas, que inicialmente era o resultado natural do trabalho do artesão ou então constituía atividade especializada do inventor individual, passou a constituir a atividade de grandes equipes de especialistas diretamente sob o comando do grande capital”. (p. 140)

Ø    “Uma das características do capitalismo monopolista é de que, nos mercados oligopólicos, os ganhos de produtividade não acarretam, em geral, queda dos preços dos produtos, como costuma ocorrer em mercados concorrenciais”. (p. 141)

Ø    “Argumenta-se que, como resultados dos avanços técnicos, deu-se uma segunda revolução industrial, da qual surgiu um capitalismo pós-industrial. O ponto de ruptura entre o antigo capitalismo industrial e novo capitalismo pós-industrial teria sido a invenção do computador e do servomecanismo”. Idem

Ø    Servomecanismo é uma espécie de minicomputador, que é adaptado a diversas máquinas e as controla.

Ø    “Ao homem sobrou a tarefa de vigiar e supervisionar a máquina. Aparentemente ele perdeu esta função para o servomecanismo”. (p. 142)

Ø “A aplicação prática da automação é ainda incipiente[1] em países capitalistas, mesmo nos países adiantados, porque os que dominam o processo produtivo têm de fato muito menos entusiasmo pela automação do que professam em público”. (p. 143/144)

Ø    O alto grau da automação ameaça a produção de mais-valia, já que afasta do processo produtivo o trabalho vivo.

Ø  “Nos países capitalistas mais adiantados, o trabalho científico que levou ao desenvolvimento dos computadores e da maioria dos processos automáticos, foi e é financiado, em geral, por recursos públicos tendo por objetivo a invenção de armamentos”. (p. 144)

Ø “O capitalismo está esgotado em seu papel histórico: tendo surgido como um modo de produção que revolucionou a técnica de modo contínuo e sistemático, ele elevou os níveis de produtividade do trabalho humano a níveis nunca antes sonhados”. (p. 145)


[1] Elementar, simples, rudimentar...

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