As
nações são como flâmulas
Ao
céu, eretas e a tremular
Não
se pode derrocar qualquer bandeira
Somente
algumas delas têm alvos para mirar
O
que possibilita serem feridas
Bem
no meio do coração, ou em sua beira.
E
quando um coração é atingido, ou a sua periferia...
Morrem
mortais como se peneira o café
Jogando-se
acima, os fracos são tomados pela tempestade
Os
fortes mantêm-se agarrados ao chão, quase de pé
Muitas
vezes um chão, usurpado...
Pela
força desmedida, injusta e de ambiguidade!
Mas,
como diz no ditado:
Às
vezes se mira no que quer
E
por meio de planos ideologicamente propensos
Acerta-se
o que não quer...
E
assim, bandeiras sem alvos nítidos são também crivadas
E
a tempestade é a mesma, aquela mesma
O
café não é... Pode ser o feijão, o milho, a fava, o andu, cevadas...
É
estranho, pois não se derramam lágrimas
Quando
o vento arrasa, do oriente, os grãos
Todos
os dias, flâmulas são metralhadas, arrastadas, rasgadas...
Quando
não, derrubam-lhe os esteios, tiram-lhe as raízes, com as mãos
Por
que só há choro, velas e flores ao ocidente?
Que
tem seus grãos de especial?
O que difere um povo
de outra gente?
JaloNunes.
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Imagem copiada de: Jornal O Globo |
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