Quando
volto para casa
Meia
noite
Ainda
não é,
Mas
é só olhar pra cima
Que
lá está ela em pé:
Uma
alma tão pequena
Espreitando
o que vier!
E
eu sinto-me
Envolto
Pela
luz que vem do luar
Ou
pela luz da água;
E
meu ser obsoleto
Pela
magia deixa-se levar.
E
eu procuro vê-la
Ela
faz girar seus olhos
E
sempre me percebe antes!
E
como se num altar
Mortos
estarão aqueles
Que
caírem em seus garfos
Pontiagudos
e tão móveis
Quanto
seu tronco a voar!
Sim,
eu olho para cima!
E
pequeno me sinto...
Porque
ela, toda noite está
Sobre
o poste, ereto
Em
meu jardim erguido.
A
comer todo inseto;
Todo
anfíbio;
Todo
réptil
Que
naquele centro de luz
De
infelicidade cruzar!
E
minha mãe, com gestos cuidadosos
Já
a jurou de morte,
Porque
essa alma
Grita
e assusta,
Pobres
almas
De
humanos bem medrosos!
Mas,
toda noite eu a vejo,
Ela,
antes já me viu!
Em
meu terreiro, de pé.
Para
muitos, Caburé,
Mas,
aquela pequena
Linda
alma encrenqueira
Também
é por vezes chamada
De
Coruja Buraqueira!
Poucos
seres
Desde
a evolução
Conseguiram
- como ela -
Trafegar
com precisão
Entre
a noite,
Entre
o dia
E
demonstrando em cada fase
Habilidade e maestria!
JaloNunes.
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