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Que sou?
Com ou sem o amor?
- Com o amor, me diz!
Ah, sim! Sou "ator"
De minhas ações,
Sou feliz.
Mas deixa-me falar também,
Do que eu seria sem o amor:
Da humanidade aquém;
Um dia sem calor;
Da estupidez além;
Tempestade sem vento;
Algazarra sem sorriso;
Pão sem café;
Guarda desatento;
Homem sem mulher;
Xícara sem asa;
Bule sem bico;
Humano sem casa;
Inverno sem tico-tico.
E com o amor, me diz!
Ah, verão ensolarado!
Obviedade nas coisas;
Mas também, muitas ilusões;
Fantasias eróticas; todo enamorado.
Sou eu, com o amor, eterno sonhador.
Digo - assim seja – para tudo;
Durmo até sem cobertor,
Pois o calor da amada supre,
Até excede, mas jamais satisfaz:
Quem nasceu para amar;
Para quem quer sorrir sempre.
Porque tudo que é tenaz,
Enlouquece nossa mente.
Nesses casos, o coração é o senhor.
O corpo é o operário.
Mas não é alienado;
Mas, similarmente, é entorpecido;
Naturalmente obedece e como que ordinário
Nutre-se da paixão e encontra o êxtase da vida.
JaloNunes.
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